sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Desembargadora e ex-presidente do TJ da Bahia é presa pela PF

Maria do Socorro Barreto Santiago, desembargadora e ex-presidente do TJ (Tribunal de Justiça) da Bahia, foi presa de forma preventiva na manhã desta 6ª feira (29.nov.2019) pela PF (Polícia Federal). O mandado foi assinado pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Og Fernandes à pedido da PGR (Procuradoria Geral da República).
Maria do Socorro Santiago também foi é suspeita de © Reprodução/TJBA Maria do Socorro Santiago também foi é suspeita de
A ação é uma nova etapa da Operação Faroeste, batizada de Operação Joia da Coroa. As investigações apontam 1 esquema de vendas de sentenças relacionadas à grilagem de terras no oeste baiano.
A suspeita é de que pelo menos 360 mil hectares tenham sido objeto do grupo, que envolve magistrados e servidores do TJ-BA, advogados e produtores rurais. Outros crimes investigados são corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico de influência.
A desembargadora estava afastada das suas funções por decisão judicial desde 3ª feira (19.nov), ocasião em que o atual presidente do TJ-BA também foi afastado. A PF diz que Maria do Socorro “estaria destruindo provas e descumprindo a ordem de não manter contato com funcionários”. A Operação Joia da Coroa  cumpriu outros 3 mandados de busca e apreensão e converteu 4 prisões temporárias em preventivas.

Alvo de busca e apreensão na última semana durante a deflagração da Operação Faroeste, Socorro foi gravada orientando uma funcionária a impedir a apreensão de um celular pela ação da Polícia Federal. 

Em outra conversa interceptada, a desembargadora foi gravada pedindo uma reunião com o irmão da chefe do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Ediene Lousado, o advogado Pedro dos Santos Lousado. Segundo Socorro, em conversas interceptadas, Pedro estaria acompanhando as investigações. 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que os novos diálogos demonstram que Socorro tentou destruir provas, além de desobedecer ordem judicial ao manter contato com servidores do TJ. A desembargadora aparece nas conversas questionando se um celular for apreendido pela polícia e se conteúdos foram apagados do aparelho. Veja: 



A Polícia Federal (PF) prendeu preventivamente a desembargadora em nova fase da Faroeste. A ordem de prisão foi expedida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes, relator do caso.  Os agentes encontraram no quarto da desembargadora cerca de R$ 100 mil em espécie, em valores convertidos para o real. Do total, foram encontrados R$ 56,5 mil em dinheiro, 9 mil euros e 200 dólares.

O outro lado
O advogado João Daniel Jacobina Brandão, que representa a magistrada, disse ao jornal Folha de São Paulo que foi surpreendido pela prisão. Disse também que a cliente não chegou a ser ouvida pela Justiça. “Acreditamos que esta prisão seja revogada assim que ela prestar o seu depoimento. Ela irá explicar todos os pontos que estão sendo questionados”, declarou o advogado.
fonte:Poder 360/reprodução  e Bahia notícias c/adaptações - 13h:58min
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