WASHINGTON - A menos de um mês das eleições de 3 de novembro, o candidato democrata, Joe Biden, aparece à frente do presidente Donald Trump na Flórida, um dos Estados-chave para as eleições nos Estados Unidos, de acordo com várias pesquisas publicadas nesta quarta-feira. Segundo uma sondagem da Reuters/Ipsos, Biden teria 4 pontos percentuais a mais que Trump - na última, há uma semana, os dois apareciam tecnicamente empatados.
De acordo com a média das pesquisas feita pelo site Real Clear Politics, Biden também está na frente na Flórida, com 4,6 pontos percentuais de vantagem. Já o levantamento da Universidade Quinnipiac indica que o democrata tem 11 pontos percentuais a mais que Trump no estado.
Além disso, dois levantamentos do New York Times/Siena College mostram o democrata liderando em outros Estados-chave: ele tem 6 pontos a mais em Nevada e está 1 ponto na frente do presidente em Ohio. Segundo outra sondagem, da Marquette University Law School, o ex-vice-presidente de Barack Obama também está na frente de Trump em Wisconsin, por 5 pontos de diferença.
A pesquisa da Ipsos revela ainda que 50% dos prováveis eleitores da Flórida acreditam que Biden seria melhor na gestão da pandemia do novo coronavírus, contra 41% que acham que Trump seria mais eficiente.
No que diz respeito à economia, Trump é mais bem avaliado no estado: 49% dos entrevistados acreditam que Trump seria melhor no gerenciamento da crise econômica após a pandemia, contra 45% que apostam em Biden.
No total, 7% dos eleitores ouvidos pela Ipsos no estado disseram que já votaram em eleições antecipadas ou pelo correio. No total, mais de 4 milhões de americanos já votaram, número é bem maior do que o registrado no mesmo período na eleição passada: 75 mil. Em 2016, Trump venceu na Flórida.
A sondagem ouviu eleitores em seis Estados-chave para a vitória no Colégio Eleitoral: Wisconsin, Pensilvânia, Michigan, Carolina do Norte, Flórida e Arizona - neste último, o democrata também tem 2 pontos percentuais de vantagem.
Como nos Estados Unidos a eleição é indireta, decidida pela Colégio Eleitoral, onde cada unidade federativa tem um peso determinado no pleito, é importante que cada candidato conquiste o máximo de estados possível para vencer a votação.
Alguns se tornaram, historicamente, currais eleitorais do Partido Democrata, outros, do Republicano. Há, no entanto, um grupo que costuma variar o voto em cada eleição - são os chamados Estados-pêndulo. É o caso desses seis estados citados na pesquisa. Em 2016, o republicano venceu em todos eles.
No caso da Flórida, Trump busca o voto de venezuelanos e cubanos exilados nos EUA. Para agradar a esse eleitorado, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, fez uma a visita relâmpago a Roraima, na fronteira com a Venezuela, no fim de setembro.
A vinda do representante do governo americano, que também esteve em Suriname, Guiana e Colômbia, teve como principal objetivo discutir a situação na Venezuela. No encontro com o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, Pompeo chamou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de traficante de drogas.
Trump recebeu alta do hospital militar Walter Reed na noite de segunda-feira, após ter sido internado na sexta-feira com complicações ligadas aos sintomas da covid-19.
Sem fazer campanha presencialmente por causa da doença, o presidente tem usado as redes sociais freneticamente - chegou a postar mais de 40 vezes em menos de uma hora na terça-feira. Nesta quarta, voltou à carga no Twitter, chamando seu adversário, o candidato democrata Joe Biden, de "maluco"./NYT e REUTERS
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