A poucos dias do primeiro turno das eleições e em campanha para
tentar ser reeleito para a Câmara dos Deputados, o deputado
federal Arthur Lira (PP-AL) teria ficado irritado por ter que deixar
o Brasil e o seu estado em período eleitoral para ir a Nova York
com o presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação é da coluna
da jornalista Malu Gaspar de O Globo.
A viagem a contragosto de Lira é para evitar que fique inelegível,
já que na ausência do presidente do país, ele é o segundo na
linha de sucessão e, assumir à Presidência da República poderia
deixá-lo inelegível, já que a Constituição prevê que quem
substituir o chefe do Executivo nos seis meses anteriores
à eleição não pode disputar nenhum cargo.
Bolsonaro vai a Nova York para participar da Assembleia Geral
da ONU e só volta ao Brasil na terça-feira, 20. Pelo mesmo
motivo de Lira, o vice-presidente Hamilton Mourão
(Republicanos) irá ao Peru. Com isso, quem ocupará o
lugar deixado pelo presidente é o senador Rodrigo
Pacheco (PSD-MG).
A contrariedade de Lira é porque o seu grupo político em Alagoas
tem enfrentado uma disputa acirrada com opositores,
sobretudo com o grupo político do senador Renan
Calheiros (MDB-AL).
Além disso, Lira, que disputa a eleição com uma liminar do Tribunal
de Justiça de Alagoas, que o tornou elegível até o julgamento do
caso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por uma acusação
de improbidade administrativa feita pela ex-mulher Jullyene
Cristine Lins Rocha, acredita que assumir a Presidência da
República poderia ser mais um motivo para que o Judiciário
não o permita disputar o pleito.
Fonte: atardeonline - 17/09/2022
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