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A ofensiva do grupo Hamas contra Israel expôs falhas de segurança na barreira entre o solo israelense e a Faixa de Gaza, onde a guerra se reiniciou no último sábado (7/10). A barricada foi construída justamente para impedir esse tipo de ataque.
O Hamas conseguiu superar o sistema de inteligência de Israel, equipado com cercas de arame farpado de 6 metros de altura, barreiras de areia, torres de observação e um preenchimento de concreto no subterrâneo, com sensores adicionais.
Especialistas consultados pelo jornal The Washington Post apontaram a necessidade de o grupo extremista ter se preparado por semanas, no mínimo, para montar o ataque capaz de quebrar a segurança israelense. Para isso, o Hamas utilizou drones de bombardeios, mísseis e até asas-deltas motorizadas.
Entenda como o Hamas quebrou a barreira entre territórios:
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O esquema de segurança foi montado em 2016 por israelenses, em resposta ao ataque subterrâneo pelo Hamas em 2014. Israel batizou o esforço de “parede de ferro”.
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Centenas de câmeras, sensores e radares estavam instalados, inclusive abaixo do solo, para dividir a terra israelense da Faixa de Gaza.
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A destruição das torres de observação e outros dispositivos de inteligência ocorreu por drones do Hamas.
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O Hamas teria atirado mais de 3 mil foguetes, segundo Israel, para enfraquecer a barreira. Alguns projéteis atingiram Tel Aviv e Jerusalém.
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Depois dos foguetes, houve o lançamento de mísseis, paramotores e asas-deltas motorizadas para ultrapassar o bloqueio de Israel.
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Explosões mais perto da cerca começaram, além da utilização de escavadeiras para ampliar a passagem pela cerca de arame farpado.
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O sistema de inteligência israelense permitiu um contra-ataque ao Hamas, com o disparo de milhares de mísseis.
Faixa de Gaza vive terror
A Faixa de Gaza é território palestino e tem 2,1 milhões habitantes — número semelhante ao do Distrito Federal, embora a área palestina seja menor. Em meio à guerra retomada no fim de semana, as Nações Unidas estimam que 200 mil moradores da região deixaram suas casas.
Além de estar em uma zona de fogo cruzado, os soldados de Israel receberam ordens de se concentrar perto de Gaza para uma possível invasão ao território vizinho. “O Hamas queria promover uma mudança e terá uma. O que existia em Gaza não existirá mais”, declarou o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant.
Israel arquitetou um “cerco total” à Gaza, com corte do fornecimento de eletricidade, água, combustível e comida. Em resposta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçou a necessidade de “um corredor humanitário para fornecer suprimentos médicos essenciais às populações”.
Mortos e feridos
O conflito armado entre Israel e Hamas matou mais de 2,2 mil pessoas desde o fim de semana – 900 delas tinham origem palestina: sendo que 260 eram crianças e 230 mulheres.
O Ministério de Saúde da Palestina informou 4,5 mil feridos, enquanto as Forças de Defesa de Israel registraram 2,8 mil feridos e 50 desaparecidos.
Entre os mortos pelo conflito, estão dois brasileiros: Ranani Glazer e Bruna Valeanu, ambos de 24 anos.
Mais de 2 mil querem repatriação
O Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Itamaraty, anunciou que 2,7 mil brasileiros em Israel pediram para retornar ao Brasil. Dois voos de repatriados já pousaram no país, em Brasília e no Rio de Janeiro. Com esses dois esforços, mais de 400 pessoas voltaram para casa.
A Força Aérea Brasileira (FAB) prevê pelo menos outras quatro viagens para resgatar brasileiros. Todos os voos terão psicólogos e médicos a bordo para auxiliar os passageiros.
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