A Justiça de São Paulo condenou o pastor bolsonarista Silas Malafaia a indenizar a jornalista Vera Magalhães, apresentadora do programe de entrevistas “Roda Viva”, exibido às segundas-feiras pela TV Cultura, e colunista da Rádio CBN.
O pastor recebeu a pena por danos morais, após espalhar fake news contra a jornalista. Ele terá de pagar R$ 15 mil
O caso ocorreu em 2022, quando Malafaia usou as redes sociais para acusar Vera de receber R$ 500 mil por ano do então governador João Doria para atacar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Entendeu? Doria começou a bancar a jornalista que ataca o presidente em todo o tempo”, escreveu o pastor, à época.
Vera declarou à Justiça que as afirmações eram mentirosas e que tinham o objetivo de inibir o livre exercício da profissão de jornalista e cercear a liberdade de imprensa.
A juíza Maria Bertoldo, da 21ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, concluiu que Malafaia “agiu com manifesto abuso de direito” ao propagar notícia falsa.
A jornalista, por ser apresentadora do “Roda Viva”, é contratada pela Fundação Padre Anchieta, que é custeada por recursos aprovados pela Assembleia Legislativa e por verbas de publicidade conseguidas junto à iniciativa privada. A fundação tem independência para determinar as contratações.
O que dizem as partes
No processo, Vera comprovou que o salário que recebe é muito inferior ao divulgado por Malafaia na fake news, de acordo com informações da coluna de Rogério Gentile, no UOL.
O pastor alegou, em sua defesa, que não ofendeu a jornalista e que somente exerceu seu direito de crítica. Ele afirmou, ainda, que tinha sido induzido a erro por um vídeo gravado por deputados estaduais, no que se refere ao salário da jornalista, e disse, também, que corrigiu a informação logo que descobriu o equívoco.
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