Foto:reprodução
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou, nesta sexta-feira (17), que a Polícia Federal (PF) intime a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) a prestar depoimento.
De acordo com a decisão do magistrado, a PF tem até 15 dias para intimar a bolsonarista, que deve depor no âmbito de uma notícia-crime protocolada contra ela por deputados do PT devido a uma publicação feita nas redes sociais em que aparece segurando uma arma e fazendo referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva - gesto que foi interpretado como uma ameaça.
Segundo Mendonça, o depoimento de Júlia Zanatta é necessário para se obter "os esclarecimentos cabíveis” relacionados ao caso, pois avalia ser “prudente” uma apuração antes de “eventual deflagração formal do inquérito”.
Relembre o caso
A deputada federal bolsonarista Júlia Zanatta (PL), de Santa Catarina, postou, nas redes sociais, uma foto segurando uma metralhadora e, além disso, estimulou violência contra o presidente.
A parlamentar veste uma camiseta com a imagem de uma mão com quatro dedos, perfurada por três tiros.
“Não podemos baixar a guarda. Infelizmente a situação não é fácil. Com Lula no poder, deixamos um sonho de liberdade para passar para uma defesa única e exclusiva dos empregos, do pessoal que investiu no setor de armas. Estamos agora falando em socorrer empregos”, escreveu ela, junto à foto.
A deputada federal e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes para criticar o ato de Júlia. Internautas também reagiram. “Comportamento nazista da deputada de SC, de apologia à violência contra Lula. Quem não pode baixar a guarda é a sociedade brasileira – e nossas instituições – com quem insiste incitar a violência e semear o ódio. Estamos estudando medidas contra esse ato criminoso”, disse Gleisi.
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