O cartunista Ziraldo morreu, aos 91 anos, na tarde deste sábado (6/4). Consagrado como um dos maiores do segmento no Brasil, o artista morreu dormindo em sua casa na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Nascido em Caratinga, em Minas Gerais, Ziraldo Alves Pinto era o segundo de sete filhos e mostrou interesse e talento para o desenho ainda muito novo – aos seis anos de idade, teve seu primeiro desenho publicado no jornal A Folha de Minas, em 1939.
Em sua trajetória, seu maior fenômeno foi O Menino Maluquinho, que além do livro de origem publicado em 1980, rendeu inúmeros quadrinhos, animações e até mesmo produções de cinema. a A Turma do Pererê também é de autoria de Ziraldo.
Além de cartunista, Ziraldo era jornalista e tem em seu currículo passagens pelo Jornal do Brasil e pela revista O Cruzeiro. Em 1969, ele fundou junto a Jaguar, Tarso de Castro e Sérgio Cabral o jornal alternativo e semanal O Pasquim.
Com as críticas à ditadura militar em meio à vigência do Ato Institucional número 5 (AI-5), Ziraldo chegou a ser preso três vezes. Por conta da perseguição, foi considerado anistiado político em 2008 e indenizado em mais de R$ 1 milhão pelo Estado.
Ao longo de sua carreira, chegou a ser contemplado com os prêmios da Ordem do Mérito Cultural e o Prêmio Angelo Agostini de Mestre do Quadrinho Nacional.
Após sofrer três acidentes vasculares cerebrais (AVC) desde 2018, Ziraldo estava recluso e com a saúde debilitada, chegando a ser proibido pelos médicos de conceder entrevistas.
Ziraldo deixa a esposa, Márcia Martins da Silva, e os três filhos, Daniela, Antonio e Fabrizia.
Fonte: Metrópoles 06/04/2024
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