Uma operação da Polícia Federal e mais três órgãos federais, encontraram na segunda-feira (29), mais de 70 garimpeiros vivendo em condições análogas à escravidão em Maués, no sul do Amazonas. O local é uma área de garimpo ilegal .
A operação se chama "Mineração Obscura" e foi iniciada na última sexta (26) e deve seguir até a próxima sexta (3). Participaram da ação agentes da Polícia Federal, do ICMBio, do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério Público do Trabalho.
De acordo com as investigações, o garimpo ilegal em Maués produz mais de 6 quilos de ouro por dia. "Um dos garimpos mais lucrativos de toda a América Latina", disse a PF.
O local é conhecido como "garimpo de poço". Lá, os trabalhadores operam embaixo da terra, sem proteção ou equipamento.
Segundo os investigadores, havia casos ainda de servidão por dívida, "evidenciando a exploração desumana dos trabalhadores".
No local, a PF encontrou um caderno com anotações que pareciam ser sobre compras, ou dívidas, feitas pelos trabalhadores. Na lista, há cigarros, caixa de bombom, itens de higiene pessoal, caixas de bombom e de saúde, como curativos e soro fisiológico. A página é datada no 18 de abril.
Até a manhã desta quarta-feira (30), os órgãos que atuam na operação não divulgaram os nomes dos responsáveis pelo garimpo ilegal, bem como não informaram se houve prisões em flagrante e se todos os trabalhadores já foram resgatados.
A estimativa é de que um balanço seja divulgado na sexta-feira (3), após a finalização das ações no local.
Fonte: PORTAL IG -30/04/2024
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