O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva só deve normalizar as relações com Israel após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deixar o poder no país, segundo informações da colunista Mônica Bergamo, da Rádio BandNews FM. Nesta quarta-feira, o Brasil oficializou a retirada do embaixador Frederico Meyer do cargo em resposta aos constrangimentos promovidos por autoridades israelenses nos últimos meses.
De acordo com Bergamo, Lula deve enviar um novo embaixador a Israel apenas com uma possível troca de comando no país. "Começa a se especular quando e quem vai ser o novo embaixador, só que o governo não deve indicar substituto para embaixada até que a guerra termine e que o governo de Netanyahu saia do poder", disse. "Mais do que isso, não há a intenção de enviar novo embaixador até que o Netanyahu deixe o poder, o que não tem perspectiva próxima de que isso ocorra".
A colunista disse que as atividades culturais e políticas estão paralisadas na embaixada desde que Lula comparou a reposta israelense aos ataques do Hamas com o genocídio de judeus pelos nazistas. "A reação do governo de Israel foi muito virulenta, interrompeu todo e qualquer diálogo. Um diplomata me disse que, se o chanceler for reunir os diplomatas da América Latina para conversar, ele vai chama o embaixador brasileiro depois que eles falaram que o Lula era um anão (diplomático)? Não vai".
Segundo Bergamo, a embaixada em Israel havia se tornado ponto para recepção de bolsonaristas. "Eles recebiam a (deputada Carla) Zambelli, o Tarcísio (governador de São Paulo, o Caiado (governador de Goiás) e ficava na expectativa do Bolsonaro ter autorização para viajar para lá, porque o Netanyahu já havia o convidado duas vezes. Então ficava sendo ali como recepcionista de bolsonaristas".
A colunista ainda afirmou que um grupo de artistas, intelectuais, professores, advogados, juristas, inclusive alguns judeus, enviou um abaixo-assinado a Lula pedindo um rompimento das relações com Israel. Entre outros nomes fazem parte os cantores Chico Buarque, Gilberto Gil, Emicida e o ator e diretor Wagner Moura. "Eles dizem que o Brasil., sob uma liderança da envergadura do Lula, poderia contribuir para que se encerre essa carnificina insuportável promovida por Israel, nas palavras deles".
Fonte: band.com 30/05/2024
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