quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Mundo: Acusado de genocídio, Netanyahu diz que não há nada de errado em remover palestinos de Gaza

                                        O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reúne-se com o presidente dos EUA, Donald Trump, antes de assinar os Acordos de Abraão - 15/09/2020 (Foto: REUTERS/Tom Brenner)


247 - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que não vê nada de errado com os planos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de remover os palestinos da Faixa de Gaza, alvo de um genocídio de Israel. Ele tentou suavizar o discurso, dizendo que os moradores do local seriam permitidos a retornar.

“A ideia real é de permitir que os moradores de Gaza que querem sair saiam. Quero dizer, o que há de errado nisso? Eles podem sair, podem voltar, podem se realocar e voltar. Mas você tem que reconstruir Gaza”, afirmou Netanyahu em uma entrevista à Fox News, divulgada nesta quinta-feira (6).

Netanyahu também disse que o combate ao Hamas continua sendo um compromisso de Israel, e que Trump não mencionou o envio de tropas para Gaza para auxiliar nessa operação, o que é falso.

"Não acho que ele tenha falado sobre enviar tropas dos EUA para concluir o trabalho de destruir o Hamas. Esse é o nosso compromisso. Essa é a nossa tarefa, e estamos absolutamente comprometidos com isso", disse.

Nesta terça-feira (4), Trump chamou Gaza de um "canteiro de demolição" e afirmou que os EUA "assumiriam" sua reconstrução. Ele também sugeriu a realocação em massa de palestinos para outros países, como Egito ou Jordânia, como parte de seu plano para transformar a Faixa de Gaza na "Riviera do Oriente Médio". Trump ainda sugeriu a possibilidade de enviar militares dos EUA a Gaza. A Casa Branca disse posteriormente que o presidente não se comprometeu com esse plano.

O movimento palestino Hamas condenou as declarações do presidente dos EUA sobre a expulsão de palestinos da Faixa de Gaza e o estabelecimento do controle americano sobre o enclave. Vários países da União Europeia, além do Egito e da China, também se opuseram à iniciativa de Trump.

Fonte:BRASIL 247 -06/02/2025

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