Os 4 PMs foram absolvidos pelo tribunal de Juri- foto:divulgação
MACEIÓ - A Justiça absolveu nesta sexta-feira, 10, os quatro
militares que foram acusados pela morte do empresário Paulo César Farias
e de sua namorada Suzana Marcolino. Eles foram encontrados mortos a
tiros em junho de 1996, em Guaxuma, no litoral norte de Alagoas, onde
Farias tinha uma casa de praia. Os jurados rechaçaram a tese de suicídio
de Suzana e concluíram que houve duplo homicídio no caso.
Os policiais militares Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de
Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva foram
acusados pelo Ministério Público de envolvimento do crime e de omissão.
Eles faziam a segurança do local onde o casal morreu.
Existiam duas teses na condução das investigações da morte de PC
Farias e de sua namorada. Conforme a primeira, sustentada pela defesa e
pela polícia alagoana, Suzana teria matado o empresário e depois
cometido suicídio, por motivação passional. Pela segunda, defendida pelo
Ministério Público, o casal teria sido vítima de duplo homicídio, com
envolvimento dos quatro PMs arrolados como réus. Para a promotoria, a
morte de PC Farias foi "queima de arquivo".
"Eles (os militares) tinham a missão de salvaguardar a integridade
física do PC Farias e, se assim não o fizeram, ou é porque sabiam que o
crime seria cometido e não se movimentaram para impedi-lo ou, talvez,
tenham participação direta nas mortes", defendeu o promotor.
O empresário foi tesoureiro da campanha presidencial do hoje senador
Fernando Collor (PTB-AL), era réu em processos por crimes financeiros e
foi o centro das denúncias de corrupção que resultaram no impeachment do
presidente, em 1992.
Fonte:estadão
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