domingo, 12 de abril de 2020

DF: Pai acusado de matar filho de 2 anos é encontrado morto na Papuda



Paulo Roberto de Caldas Osório que confessou ter assassinado o filho de 1 ano e 11 meses, no DF — Foto: PCDF/Divulgação
(foto: PCDF/Divulgação)
Paulo Roberto de Caldas Osório, 45 anos, foi encontrado morto na tarde deste sábado (11/4), na cela onde era interno, no Complexo Penitenciário da Papuda. O homem estava preso, acusado de matar o próprio filhoBernardo da Silva Marques Osório, de 1 ano e 11 meses, envenenado. O caso ocorreu em novembro de 2019. 

De acordo com a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), Paulo usou a própria calça para produzir uma corda e se enforcar. O corpo dele foi encontrado, por volta das 17h15, quando agentes penitenciários realizavam a inspeção da tarde, no presídio. Ele estava caído no chão da cela, com sinais de suicídio por enforcamento. 

Segundo a Sesipe, a sirene de emergência foi acionada e um policial penal entrou na cela, imediatamente. O agente deu início aos procedimentos de reanimação, mas não teve sucesso. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi acionado. No entanto, quando os socorristas chegaram ao local, o detento já estava morto.
Relembre o caso 

Paulo Roberto de Caldas Osório era servidor público e matou Bernardo em 29 de novembro do ano passado. Nesta data, o metroviário buscou a criança em uma creche na 906 Sul. No carro, entregou um copo com suco de uva ao menino. A bebida estava envenenada com três comprimidos de uma medicação para insônia, que era consumida pelo servidor público. Quando pai e filho chegaram à residência, na 712 Sul, começaram os preparativos para a fuga.

Bernardo passou mal ao menos duas vezes, dentro da casa. Paulo deu banho na criança e, pouco depois, o colocou na cadeirinha de segurança, no veículo dele. Em depoimento aos investigadores da DRS, o homem afirmou que o menino estava dormindo e que a intenção dele era seguir até a Bahia e ficar alguns dias com o filho para dar um “susto” na mãe dele.
Paulo relatou que pegou a BR-020, para seguir até ao estado nordestino. No caminho, ao parar num posto para abastecer, notou que Bernardo estava morto. Ele continuou viagem e, após o ponto de divisa entre Goiás e Bahia, deixou o filho e a cadeirinha em um ponto de mata. Policiais civis realizaram buscas na área indicada pelo acusado, mas não encontraram o corpo. No entanto, havia indícios de que o servidor mentia sobre a localidade para que os agentes não chegassem até o corpo do menino.
corpo de Bernardo foi encontrado em 6 de dezembro, em Campos de São João (BA), em estado de decomposição, junto com a cadeirinha. Para se certificar que o corpo era mesmo de Bernardo, material genético do garoto foi encaminhado para Brasília para ser comparado com o DNA dos pais. O resultado foi positivo.

Assassino da mãe

Paulo Osório também matou a própria mãe, Neuza Maria Alves, 45, em 1992. O então jovem de 18 anos esfaqueou, asfixiou-a com um fio de náilon e colocou fogo no corpo. Ficou preso na ala psiquiátrica da Papuda e conseguiu a liberdade em 2004, ano em que a Justiça arquivou o processo. Após o caso Bernardo, o Judiciário pediu o desarquivamento dos autos para analisar os detalhes do assassinato de Neuza Maria Alves e o laudo de imputabilidade.

fonte:Correio Braziliense/reprodução - 12/04/2020

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