quinta-feira, 16 de abril de 2020

Covid-19: Gov. Flávio Dino dribla EUA, governo federal e consegue comprar equipamentos na China

Flávio Dino dribla EUA e Bolsonaro para levar 107 respiradores da ...
Gov. Maranhão Flávio Dino -foto:reprodução
O governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), montou uma operação de guerra para conseguir transportar 107 respiradores e 200 mil máscaras da China.
A logística foi traçada após frustradas reservas de respiradores feitas pelo Estado.
De acordo com a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a gestão de Dino foi atravessada por Alemanha, EUA e pelo próprio governo federal.
Em março, o governador reservou a compra de um lote de respiradores de uma fábrica de Santa Catarina, mas viu o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) bloquear a transação e distribuir os equipamentos segundo seus critérios.
Na sequência, reservou 150 respiradores na China, mas a Alemanha passou na frente, pagou mais e levou o pacote. Pouco depois, a situação se repetiria, com os norte-americanos interferindo na negociação.
De acordo com a coluna, com a ajuda de uma importadora maranhense, o governo estadual passou a negociar com uma empresa de Guangzhou, que enviou os respiradores para a Etiópia, com o objetivo de escapar do radar da Europa e dos EUA.
O  cargueiro aterrissou em São Paulo e a mercadoria foi colocada em um avião fretado da Azul e mandada direto para o Maranhão. 

O secretário estadual Simplício Araújo, de Indústria e Comércio, que coordenou a empreitada, diz que o cargueiro que saiu da China e aterrissou em São Paulo teve o frete pago pela mineradora Vale.
Em São Paulo, a carga foi colocada em um avião fretado e enviada direta para o Maranhão, onde passou pela Receita Federal. A estratégia, de evitar a liberação na Alfândega em São Paulo, foi montada para que os equipamentos não fossem retidos pelo governo Bolsonaro.


“Se não fizéssemos dessa forma, demoraríamos três meses para conseguir essa quantidade de respiradores. Assim que os equipamentos chegaram já os conectamos para ampliar a nossa oferta de leitos de UTI”, disse Araújo à Folha. A operação levou 20 dias, ao custo de 6 milhões de dólares.


fonte: Conversa Afiada.e Revista Fórum c/adaptações 16/04/2020

0 comentários:

Postar um comentário