segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Delegado da PF Andrei Rodrigues avalia relatório do MJ como 'fora da Lei'

Ministro da Justiça comparou o relatório antifascista com os documentos produzidos na gestão do delegado | Foto: José Cruz | Agência Brasil - Foto: José Cruz | Agência Brasil

O pastor presbiteriano e ministro da justiça André Mendonça comparou o dossiê com os documentos de gestão passada -foto:reprodução

Delegado avalia relatório do governo como 'fora da lei' | Divulgação

Delegado Andrei Rodrigues -foto:reprodução

Responsável pela segurança da Copa de 2014 e da Olimpíada do Rio de Janeiro, o delegado da Polícia Federal Andrei Rodrigues avaliou o relatório antifascista produzido por integrantes do Ministério da Justiça como "desproporcional, desarrazoada e fora da lei". O documento reúne dados de cerca de 600 servidores públicos contrários ao governo federal. 

O delegado desaprovou a comparação do ministro da Justiça, André Mendonça, de que sob o seu comando foram produzidos relatórios parecidos. O exemplo citado pelo auxiliar do governo federal à comissão mista de Controle da Atividade de Inteligência do Congresso é referente ao período de 2013 e 2014, em que o governo era de Dilma Rousseff (PT) sobre a atuação dos black blocs.

Além disso, conforme informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, foi dado como exemplo também o caso que envolveu o defensor do impeachment da petista, deputado Kim Kataguiri (DEM-SP). 

“Nos competia a produção de conhecimento para atividade de polícia judiciária, com controle externo, para auxiliar investigações, ainda que de forma preventiva. Não nos competia inteligência de estado. São coisas diferentes. A lei é clara sobre isso”, diz Rodrigues ao Painel.

O delegado afirmou que os relatórios produzidos eram relacionados a crimes, e não a ideologias. Ele ainda acrescentou que ficou "espantado" com o tipo de documento produzido pela pasta.

“Divirjo de qualquer paralelo que possa ser feito. Posso dizer categoricamente que a atividade de inteligência que a gente fez não guarda relação com isso, de monitorar pessoas por matizes ideológicas. Até hoje a gente não sabe se os black blocs eram de esquerda ou de direita”, completou o delegado.


fonte:Site Bahia.Ba - 17/08/2020

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