quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Em Entrevista: Volta às aulas não é tema do MEC, diz ministro Milton Ribeiro

                        foto:reprodução

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que a volta às aulas não é 1 tema a ser decidido por ele, mas por Estados e municípios. A declaração foi feita em entrevista concedida ao O Estado de São Paulo, publicada nesta 5ª feira (24.set.2020).

“Não temos o poder de determinar [a volta às aulas]. Por mim, voltava na semana passada, uma vez que já superamos alguns itens, saímos da crista da onda e temos de voltar. Mas essa volta deverá ser de acordo com os critérios de biossegurança”, disse.

“A lei é clara. Quem tem jurisdição sobre escolas é Estado e município. Não temos esse tipo de interferência. Se eu começo a falar demais, dizem que estou querendo interferir; se eu fico calado, dizem que se sentem abandonados”, afirmou.

Sobre a dificuldade de alunos brasileiros em ter acesso a internet, problema evidenciado pela pandemia de covid-19, o ministro disse que essa é uma questão que também é de responsabilidade dos Estados e municípios.

“Esse problema só foi evidenciado pela pandemia, não foi causado pela pandemia. Mas hoje, se você entrar numa escola, mesmo na pública, é um número muito pequeno que não tem o seu celular. É o Estado e o município que têm de cuidar disso aí. Nós não temos recurso para atender. Esse não é um problema do MEC, é um problema do Brasil. Não tem como, vai fazer o quê? É a iniciativa de cada 1, de cada escola. Não foi 1 problema criado por nós. A sociedade brasileira é desigual e não é agora que a gente, por meio do MEC, vai conseguir deixar todos iguais”, afirmou.

Indagado sobre o Ministério da Educação trabalhada para reduzir desigualdades, Ribeiro afirmou que “em termos” sim. “O MEC, em termos, né? Essa é uma responsabilidade de Estados e municípios, que poderiam verificar e ter as iniciativas para tentar minimizar esse tipo de problema. Alguns já fizeram. Algumas universidades federais deram até tablet”, disse.

dora estranhou o fato de tê-los recebido, mas eu não vou mudar”, disse.

O ministro também falou sobre seu posicionamento em relação ao educador Paulo Freire.

“Tive a pachorra de ler o texto mais famoso dele, que é a “Pedagogia do Oprimido”. Eu desafio um professor e um acadêmico que venha me explicar onde ele quer chegar com as metáforas, com os valores. Ele transplanta valores do marxismo e tenta incluir dentro do ensino e da pedagogia”, afirmou.

fonte:Poder 360 - 24/09/2020 c/adaptações

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