O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), questionou a tentativa dos procuradores da Operação Lava Jato de Curitiba (PR) de criar um fundo privado para receber recursos recuperados. Os membros da força-tarefa queriam absorver R$ 2,5 bilhões de acordo firmado entre a Petrobras e autoridades dos Estados Unidos.
As informações são do blog de Bela Megale, em O Globo. De acordo com a publicação, o ministro questionou a honestidade da força-tarefa durante palestra online no 10º Congresso Internacional de Direito Negocial, na terça-feira (27).
“Devolve pro Estado R$ 700 [milhões] e me dá R$ 2,5 bilhões pra eu gerir uma fundação. E tem um dos caras que até se aposenta para depois ser o presidente da fundação. Quem é honesto aí?”, questionou Toffoli.
Apesar de não ter citado nomes, o episódio relatado se assemelha ao que ocorreu com a Lava Jato, quando o procurador Carlos Fernando, que se aposentou ano passado, foi apontado como favorito para presidir a fundação que administraria o dinheiro.
Mas, diante das reações negativas, a força-tarefa desistiu de criar a fundação. Alguns dias depois o STF atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República e suspendeu o projeto.
De acordo com a publicação, as críticas de Toffoli foram feitas quando o ministro explicava seu esforço em criar um termo de cooperação entre a Advocacia-Geral da União (AGU), o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério Público e a Controladoria-Geral da União (CGU) para centralizar a negociação de acordos de leniência.
Esse acordo funciona como um acordo de delação premiada das empresas com o Estado. Informações do Bahia.Ba
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