domingo, 7 de novembro de 2021

Irecê: Hospital Regional vai ter residência médica no Hospital Regional

                                           foto:reprodução

A cidade de Irecê, que há alguns anos vem se tornando um dos principais centros em serviços de saúde, seja público ou privado do interior baiano, recebeu, nesta quinta-feira, 4, mais uma importante notícia. Irecê vai ter residência médica, contemplando profissionais que buscam nas residências uma especialização relevante, para o exercício da profissão.

A notícia foi dada pelo médico cardiologista Dr. Igor Lessa, coordenador do serviço de cardiologia do Hospital Regional de Irecê/Dr.Mário Dourado Sobrinho. Ele disse ao site Cultura&Realidade, que se trata de mais um avanço importante para a região de Irecê e narrou os passos da conquista.

“Ao idealizarmos a possibilidade de se ter uma residência médica, foi preciso uma equipe técnica multidisciplinar comprometida e aí contamos com as contribuições da Líder Técnica Dra. Lara Azevêdo (destaque para o empenho da LT), Dra. Raquel, Dr. Durval, Dr. Leandro, Dr, Adilson, Dra. Lívia, dentre outros articuladores, tendo estes como os principais, aos quais só temos a agradecer a dedicação empenhada”, reconheceu o médico.

Ele esclareceu ainda que a proposição foi apresentada à Comissão Nacional de Residência Médica, a qual apontou os pré-requisitos obrigatórios. Para atender as exigências do Ministério da Saúde, a equipe contou com total apoio do Hospital Regional de Irecê, por meio da OSID – Fundação Irmã Dulce, da Policlínica e Município de Irecê, no que se refere à logística extra hospitalar e a Sesab – Secretaria de Saúde do Estado, que celebrou a parceria técnica, disponibilizando as bolsas (financeiras) para os residentes que serão contemplados.

Dr. Igor Lessa, coordenador dos serviços de cardiologia do Hospital Regional de Irecê, um dos principais articuladores para a implantação da residência médica em Irecê – Foto: Reprodução

“Atendidos todos os pré-requisitos, as estruturas disponibilizadas foram visitadas por uma comissão técnica do MEC, representada por Dra. Miralba Freire, que averiguou todas as demandas e por fim, após avaliação da plenária da Comissão Nacional de Residência Médica, foi aprovada à unanimidade, a implantação da nossa residência”, comemorou Dr. Igor.

De acordo com o edital, publicado hoje (quinta-feira, 4) anunciando o credenciamento da  residência médica em Irecê, a mesma deverá entrar em atividade em março do próximo ano e os candidatos serão selecionados de acordo com os critérios de seleção pública, em edital próprio que será divulgado em breve, pelo SUS/Bahia, concurso em que os médicos com CRM prestam prova, e, conforme ranqueamento, alocam as unidades que desejam fazer a especialização, com duração variável, a depender da escolha.

“Agora teremos uma extensão universitária para atender aos recém-formados nas áreas de pediatria, cirurgia geral e clínica médica, já de imediato e, como teremos a ampliação do hospital no ano que vem, teremos condições de requerer ampliação da oferta de residência para outras especializações, em nível de residências”, concluiu Dr. Igor Lessa.

RESIDÊNCIA: IMPORTÂNCIA E CARÊNCIA

Na página do Ministério da Saúde, na aba que trata sobre o programa Mais Médico, há publicação falando sobre a importância, para o ramo da medicina, das residências médicas. Diz a publicação que além da graduação, um forte componente de fixação dos médicos nos municípios é a disponibilidade de programas de residência; reconhecida legal e tecnicamente como o padrão ouro de formação de médicos especialistas no Brasil.

Muitos formandos concluem a graduação e não conseguem vagas de residência, sendo obrigados a mudar para capitais e outras regiões, deixando para trás a comunidade que poderiam se beneficiar com o exercício de sua profissão.

A oferta de programas e vagas de residência médica no Brasil mostra-se deficitária ao longo dos anos. Mesmo hoje não há vagas disponíveis para todos os médicos, além disso, há uma nítida concentração de vagas na região sudeste nas grandes cidades.

Para que o Governo Federal tivesse condições de dimensionar a necessidade de planejar a quantidade e a formação de médicos especialistas, a Lei que instituiu o Mais Médicos determinou a criação do Cadastro Nacional de Especialistas (CNE). Esse cadastro auxiliará o Governo Federal na tarefa de identificar a necessidade de médicos especialistas por região de saúde e de acordo com as necessidades da população.

Fonte: CULTURA&RELAIDADE - 07/11/2021

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