segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Após pressão, Twitter libera denúncias de fake news no Brasil


Foto: Unsplash


Após grande pressão nas redes sociais, o Twitter atualizou a plataforma e passou a permitir denúncias de postagens com informações enganosas no Brasil. Essa possibilidade, que funciona em teste apenas nos Estados Unidos, Coreia do Sul e Austrália, também estará disponível na Espanha e Filipinas.

O Twitter afirmou que escolheu esses países porque quer “colher aprendizados de uma pequena, porém geograficamente diversificada, gama de regiões – incluindo aquelas em que o inglês não é o primeiro idioma – antes de tornar a ferramenta disponível globalmente”.

Além disso, influenciou na decisão o fato de 2022 ser o ano das eleições no Brasil e nas Filipinas, assim como de meio mandato nos Estados Unidos. As notícias falsas, uma das maiores marcas da última corrida presidencial no Brasil, beneficiaram principalmente o candidato Jair Bolsonaro (PL), que foi eleito sem ter ao menos participado de qualquer debate.

Campanha “TwitterApoiaFakeNews”

Na última semana, usuários do Twitter se mobilizaram em uma campanha para cobrar que a direção da plataforma colocasse em execução no Brasil ferramenta que filtre informações falsas e negacionistas. Para isso, foi difundida a hashtag #TwitterApoiaFakeNews.

Um dos motivos que serviu para mobilizar a ação em rede foi o fato de a plataforma não disponibilizar para o Brasil ferramenta para denunciar publicações com informações falsas sobre a pandemia, Covid-19 e vacinas.

Outro problema apontado na ação é a forma como o Twitter tem concedido o selo de verificação a perfis. Os usuários têm criticado o fato de que a plataforma concedeu tal validação para perfis que disseminam fake news nas redes, entre eles, Bárbara Destefani, que é militante anti-vacina.

Além disso, usuários cobraram a derrubada dos perfis do pastor Silas Malafaia e do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, por espalharem notícias falsas. A conta do Véio da Havan até chegou a ser desativada, mas voltou três dias depois.

No comunicado distribuído nesta segunda-feira (17), o Twitter citou que se compromete “a considerar os relatos das pessoas no Twitter” para “entender as conversas e os desafios relacionados a desinformação em nosso serviço”.

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