Um dos suplentes cujos nomes Sergio Moro escondeu no santinho, razão da operação da Polícia Federal neste sábado contra o ex-juiz, recebeu R$ 1 milhão do União Brasil semanas antes de ser oficializado como suplente do candidato.
Conforme a coluna mostrou nesta sexta-feira (2/8), o advogado Luis Felipe Cunha, que é braço direito do ex-ministro, recebeu o montante no fim de abril, um mês após Moro romper com o Podemos e se filiar ao União Brasil.
Cunha foi o principal articulador da migração de Moro para o partido.
De abril a julho, o União Brasil desembolsou quatro parcelas de R$ 250 mil a uma das empresas de Cunha, a Vosgerau & Cunha Advogados Associados. Os serviços foram descritos à Justiça Eleitoral apenas como consultoria jurídica.
O União Brasil afirmou que o escritório de Cunha prestou serviços jurídicos na defesa de Sergio Moro em processos, consultoria para pré-candidatos e pareceres sobre regras eleitorais.
Procurado, Cunha respondeu por meio da empresa Vosgerau & Cunha. Nota enviada à coluna informou que no início do contrato com o União Brasil, em abril, Sergio Moro ainda era pré-candidato por São Paulo, quando, segundo a empresa, não haveria “qualquer perspectiva” de Luis Felipe Cunha ser suplente de Moro na disputa pelo Paraná.
A firma disse também que foi contratada pelo União Brasil “de forma totalmente lícita, transparente e avalizada pelo rígido compliance adotado pelo partido”.
“Todo o serviço foi prestado normalmente, com relatório de comprovação mensal que o partido é obrigado a apresentar aos tribunais competentes para a verificação de todas as suas despesas.
Fonte:Guilherme Amado/Metropoles - 03/09/2022
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