BRASÍLIA - Um dos principais nomes da bancada evangélica no Congresso, o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi procurado por emissários do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e está disposto a trabalhar pautas em comum com o novo governo.
Porta-voz do bispo Samuel Ferreira e expoente da Assembleia de Deus de Madureira, uma das maiores denominações evangélicas do País, o pastor diz que o interesse em sentar à mesa com os petistas não significa incoerência nem traição a Bolsonaro.
O fogo-amigo, no entendimento do líder evangélico, partiu de outra parte da base de Bolsonaro, às vésperas do segundo turno. E ele responsabiliza especialmente a deputada Carla Zambelli (PL-SP).
“Traição foi a punhalada que o presidente recebeu nas costas com a deputada correndo na rua com arma na mão, talvez por um deslize mental. Cuidar do povo não é traição”, disse ele ao Estadão.
Cezinha avalia que a ação de Zambelli e os tiros que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) deu em policiais federais foram decisivos para a derrota de Bolsonaro.
Fonte:Estadão 03/11/2022
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