foto:reprodução/redes sociais
São Paulo — Após 11 mulheres afirmarem que foram vítimas de estupros e abusos sexuais atribuídos ao médico Paulo Augusto Berchielli, de 63 anos, a Polícia Civil de São Paulo já abriu cinco inquéritos para investigar casos envolvendo o proctologista.
Um deles já foi concluído e encaminhado ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), sob sigilo. Neste caso, o médico já foi denunciado pelo Ministério Público paulista (MPSP), o que resultou na decretação de sua prisão, em 9 de agosto.
Nesta sexta-feira (23/11), completam-se 107 dias que Berchielli está foragido da Justiça. O registro profissional dele segue ativo no site do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). O órgão afirmou, em nota, que investiga “o profissional”.
Como mostrado pelo Metrópoles, o médico é suspeito de realizar os abusos em sua clinica, no Tatuapé, zona leste da capital paulista. O relato mais antigo levantado pela reportagem, até o momento, ocorreu há 25 anos, conforme afirmado pela própria vítima, atualmente com 41 anos.
As denúncias de estupro vieram à tona após uma enfermeira, de 47 anos, apresentar provas dos abusos. O caso dela resultou no pedido de prisão do médico. O crime sexual que ela teria sofrido ocorreu em agosto de 2021.
“Eu estava ainda grogue, por causa da anestesia. Mas lembro, em flashs, dele me colocando de bruços na maca e minha cabeça batendo na parede. Vomitei. Depois de um tempo, vi que ele limpava o pênis em uma pia ao lado da maca.”
Vítimas relatam como médico acusado de estupro agia na clínica
Antes do abuso, o médico teria dado mais medicação à vítima. A enfermeira acrescentou que, por causa do excesso de remédios, “apagou” quando chegou em casa, uma sexta-feira, acordando somente no domingo.
“Quando acordei, senti uma dor terrível na região do ânus. Ele me abusou no local onde havia feito a cirurgia. Fui em seguida na delegacia, para registrar um boletim de ocorrência”
Por ainda trajar a mesma roupa com a qual saiu da clínica de Berchielli, o vestuário foi apreendido por policiais da 5º Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), no Tatuapé, e enviado para perícia. Os itens de vestuário foram determinantes para provar o crime sexual. Sêmen do proctologista foi encontrado no vestido da mulher.
Além da polícia, a enfermeira também formalizou sua denúncia junto ao Cremesp. Outra da vítima, segundo apurado pelo Metrópoles, também foi convidada nesta semana para relatar os abusos que teria sofrido ao conselho de medicina.
Fonte: Metrópoles - 24/11/2023
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