quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Mundo: O que se sabe sobre o cessar-fogo aprovado entre Israel e o Hamas

                    Divulgação -Bases móveis de lançamentos de foguetes e artilharia de Israel

Por meio de intermédio do governo do Catar,  Israel e o grupo armado palestino Hamas acertaram na manhã desta quarta-feira (22) um  cessar-fogo de quatro dias na guerra que já dura 47 dias na Faixa de Gaza e já deixou mais de 15 mil mortos, sendo 14,1 mil palestinos.

O Hamas aceitou libertar 50 pessoas que foram mantidas em cativeiro em Gaza desde o ataque de 7 de outubro. A intenção do governo israelense é que sejam libertos mulheres e crianças primeiro. Em troca, Israel libertará palestinos detidos em prisões locais. 

O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Bejamin Netanyahu, informou ainda que por cada 10 reféns adicionais libertados, a pausa seria prolongada por um dia, sem mencionar em troca a libertação de prisioneiros palestinianos.

“O governo de Israel está empenhado em devolver todos os reféns para casa. Esta noite, aprovou o acordo proposto como uma primeira etapa para atingir este objetivo”, afirmou no seu breve comunicado.

O gabinete de ministros de Israel votou em peso a favor da trégua: o placar foi de 35 votos favoráveis e 3 contrários. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e dois outros membros do seu partido de extrema-direita se opuseram ao cessar-fogo.

Segundo o Hamas, o acordo prevê que as Forças de Defesa de Israel interrompam todas as ações militares em Gaza e que centenas de caminhões transportando ajuda humanitária, médica e de combustível seriam autorizados a entrar no território.

Autoridades do Catar, dos Estados Unidos, de Israel e do Hamas vêm sugerindo há dias que um acordo era iminente.

Num comunicado divulgado posteriormente, o Qatar confirmou o “sucesso” dos esforços de mediação, que também envolveram o Egito e os Estados Unidos, e confirmou os parâmetros gerais do acordo.

“O horário de início da pausa será anunciado nas próximas 24 horas e terá duração de quatro dias, sujeito a prorrogação”, diz o texto.

O “número de libertados aumentará nas fases posteriores da implementação do acordo”, acrescentou sem entrar em detalhes.

O presidente dos EUA, Joe Biden, saudou o acordo e agradeceu a ajuda do Emir do Qatar, Xeque Tamim bin Hamad Al Thani, e do Presidente do Egipto, Abdel Fattah el-Sisi, pela sua “liderança crítica e parceria”.

“Estou ansioso para falar com cada um desses líderes e manter contato próximo enquanto trabalhamos para garantir que este acordo seja cumprido em sua totalidade”, afirmou a Casa Branca em comunicado. “É importante que todos os aspectos deste acordo sejam totalmente implementados.”

Acredita-se que cerca de 240 reféns tenham sido raptados de Israel e estejam sendo mantidos nos túneis do Hamas, em Gaza.

Segundo Biden, alguns americanos seriam libertos durante a próxima pausa. Acredita-se que outros estrangeiros não façam parte do acordo.

O Hamas só libertou quatro prisioneiros desde 7 de outubro, sendo uma mãe americana e a sua filha e duas idosas israelitas por motivos de saúde.

De acordo com o grupo terrorista, alguns dos cativos foram mortos em bombardeios israelenses.

Fonte: PORTAL IG - 22/11/2023

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