quarta-feira, 10 de março de 2021

Policiais chamam Bolsonaro de traidor e ameaçam protestos pelo país

Jair Bolsonaro e policiais federais: presidente começa a perder apoio - Foto: Reprodução/Arquivo

Jair Bolsonaro está perdendo uma de suas principais bases de apoio. Chamado de traidor por integrantes da União dos Policiais do Brasil (UPB), o presidente está sendo ameaçado por delegados, peritos, agentes da Polícia Federal, policiais rodoviários federais e outras 20 carreiras da segurança pública de ser alvo de protestos em cidades de todo país nesta quarta-feira (10).

Bolsonaro teria prometido apoiar reivindicações dos policiais, no sentido de serem poupados do congelamento de salários na PEC Emergencial. Como isso não aconteceu, ele está sendo considerado traidor da categoria, de acordo com informações da coluna Painel, na Folha de S.Paulo.

Os policiais são proibidos de fazer greve. Por isso, surgiu o plano de promover protestos ao longo do dia.

“É um movimento de traição, são montadas estratégias, deixando o Congresso ser culpado. Com Rodrigo Maia era mais fácil. Agora, no Senado, o governo votou contra a emenda defendida pelos policiais. É uma estratégia de fazer um discurso público e nos bastidores fazer outra coisa”, afirma Luis Antônio Boudens, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Dovercino Borges Neto, considera o posicionamento de Bolsonaro nos últimos dias, quando sinalizou apoio aos policiais, como “jogar pra galera”.

Terceira traição

O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, por sua vez, diz que os protestos são para chamar a atenção para o que eles consideram “equívocos e absurdos” da PEC.

“É a terceira traição do governo de Jair Bolsonaro. A primeira foi na reforma da previdência, a segunda na votação da lei complementar 173, que também já trouxe vedações, e a terceira agora. E essa é muito grave”, acrescenta.

“Estamos trabalhando, fazendo operação, evitando desvio de recurso do combate à pandemia. Aí, de repente, coloca na Constituição um congelamento salarial por tanto tempo, a gente entende que é desproporcional”, destaca Edvandir Paiva, presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF)


fonte:Revista Fórum - 10/03/2021 00:05min

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