sábado, 26 de junho de 2021

Goiás: Lázaro criou perfil fake para acompanhar notícias


O maníaco Lázaro Barbosa, 32 anos, usou um aparelho celular roubado para criar um perfil fake no Facebook. A polícia monitorava o telefone, que foi levado pelo suspeito no último dia 15, quando ele invadiu uma chácara e fez três pessoas da mesma família reféns. As vítimas foram resgatadas por uma força-tarefa em uma dramática ação que resultou em troca de tiros.

Depois de conseguir escapar do cerco policial, o serial killer ficou até 18 de junho com o celular e, mesmo no meio da mata, criou um perfil com nome de Patrik Souza. Os investigadores acreditam que ele usou o mecanismo para acompanhar notícias do caso e ver reações na rede social. Veja imagens abaixo:

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Chamou a atenção dos agentes que monitoravam o sinal o fato de Lázaro ter colocado na imagem de apresentação pessoal a foto de um helicóptero durante as buscas que, neste sábado (26/6), completam 17 dias.

Aparentemente em tom provocador, ele adicionou outra foto, na qual estão policiais em terra, com a frase: “As buscas não param. Breve estará nas mãos da polícia. Não volta em viatura, volta com o IML”.

O perfil consta com apenas um amigo. Trata-se de uma adolescente que mora no mesmo bairro de parentes de Lázaro, em Águas Lindas (GO). Ela não é alvo de investigação policial.

Mãe faz apelo

A mãe do psicopata confirmou ao Metrópoles, nessa sexta-feira (25/6), que o filho conhecia o dono da chácara preso sob acusação de dar cobertura à fuga do suspeito. Elmi Caetano Evangelista, 74 anos, e o caseiro dele, Alain Reis de Santana, 33, foram detidos por uma força-tarefa montada para caçar o maníaco.

“Fiquei arrasada com a prisão do seu Elmi. Ele fez isso [deu cobertura a Lázaro] porque é ser humano. Seu Elmi não tem o coração do Satanás; o coração dele é do Senhor”, disse Eva.


A mulher, que se mudou para Barra do Mendes, na Bahia, após a repercussão do caso, fez mais um apelo para Lázaro se entregar e acredita que isso só não ocorreu ainda porque ele está com medo de ser morto.

“Nas cartas que ele deixou, ele fala que não se entrega porque a polícia só quer matar. Como mãe, falo pra ele se entregar e não fazer mais nada com ninguém. Pense em seus filhos, eles precisam de você e te amam.”

Eva também não acredita que Lázaro tenha cometido sozinho a chacina no Incra 9, em Ceilândia, no último dia 9. “A polícia tem que parar de pensar assim, porque ele [Lázaro] diz que não fez a chacina sozinho, ficam atrás dele e os outros ficam aprontando”, disse, sem explicar quem seriam os outros supostos envolvidos no quádruplo assassinato da família Vidal.

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Segundo um militar, enquanto conversava com o caseiro na tarde dessa quinta-feira (24/6), a equipe observava a propriedade de Elmi. O funcionário disse que teria visto Lázaro no local onde fica o chiqueiro.

O policial, então, pediu que Alain o levasse para lá. O militar conta que, no meio do caminho, percebeu uma tampa de fossa séptica, pediu para que um sargento verificasse o que tinha lá e prosseguiu a caminhada em direção ao chiqueiro.

O sargento se aproximou do caseiro e perguntou se era comum sumir galinhas da chácara. O caseiro confirmou. O militar perguntou, então, se ali era um local onde eram feitos rituais com sacrifício de animais. Alain disse desconhecer, mas revelou ter visto velas vermelhas na propriedade e, na ocasião, o patrão limitou-se a dizer que elas seriam usadas para um aniversário.

Os policias encontraram, no interior da fossa, vísceras de galinha, além de muitas penas de cor preta, e desconfiaram que ali fosse um local de ofenda ritualística. Novamente, o caseiro foi questionado sobre rituais com oferenda. Ele negou mas contou que, aos domingos, o patrão o proibia de ir à chácara.

Fonte:Metrópoles - 26/06/2021 08h:12min.


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