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O chefe da missão da União Interamericana de Organismos
Eleitorais (Uniore), Lorenzo Córdova, afirmou nesta quarta-feira(3)
durante coletiva de imprensa, que a urna eletrônica brasileira
é uma referência para os outros países do continente americano.
Córdova é presidente do Instituto Nacional Electoral do México,
órgão análogo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no país.
“A urna eletrônica tem sido um ponto de referência para todo o
continente. Sabemos que há questionamentos e estamos
aqui para escutar todas as partes,
para entender as fontes dos questionamentos”, afirmou Córdova
na coletiva.
A Uniore assinou um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
na terça, 2, e será uma das entidades internacionais que vão
acompanhar o processo eleitoral no Brasil.
Córdova declarou também que tem preocupação com relação
aos questionamentos à segurança das urnas eletrônicas e
do sistema eleitoral, além das fake news e da polarização em meio
à campanha eleitoral.
“Hoje, o mundo todo está olhando para o Brasil e seu processo
eleitoral. O Brasil tem uma das maiores democracias do continente,
é uma das mais importantes economias da América Latina e
é um exemplo de sistema eleitoral, destacou o chefe da missão,
Lorenzo Córdova.
O representante mexicano também explicou que o objetivo
da missão é observar a atuação das autoridades eleitorais brasileiras
e contribuir para uma eleição democrática.
“A ideia desta missão é escutar todas as vozes, escutar os
questionamentos que se fazem sobre a realização do processo,
contribuir com a transparência, com elementos adicionais para
a construção de uma eleição que cumpra os padrões
de integridade eleitoral e, sobretudo, os princípios e valores
democráticos”, declarou.
O convite para que a Uniore atue como observadora internacional
nas eleições deste ano foi feito pelo ministro Edson Fachin,
presidente do TSE, que tem buscado em sua gestão à
frente do tribunal ampliar o número de organismos estrangeiros
que vão acompanhar o pleito.
Além da Uniore, representantes do Parlamento do Mercosul (Parlasul)
e da Organização dos Estados Americanos (OEA) foram
autorizados pelo TSE a realizarem missões de observação.
De acordo com a Corte, ainda está prevista a participação
de oito missões de entidades nacionais e foram convidadas
para atuar como observadoras das eleições a Rede Eleitoral
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP),
a Rede Mundial de Justiça Eleitoral e a Fundação Internacional
para Sistemas Eleitorais (Ifes).
Esta é a terceira vez que o TSE convida órgãos internacionais
para observarem as eleições. A primeira vez foi em 2018 e
a segunda em 2020.
Fonte: ATARDEONLINE - 04/08/2022
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