Em decisão que beira o absurdo, um major foi condenado pela Corregedoria da PM a passar dez dias detido no Batalhão da Polícia de Choque, em Lauro de Freitas, apenas por não ter cumprimentado os superiores em um restaurante, mesmo estando fora de serviço. De acordo com documentos referentes ao processo administrativo disciplinar movido contra o major Cis de Paula Bahiense, o caso ocorreu no Oliva Gourmet do Shopping Paralela por volta das 20h30 do dia 5 de maio deste ano. Na ocasião, destaca o processo, apesar de identificar a presença dos oficiais superiores, "não procedeu com o que determina a norma referente ao cumprimento dos preceitos da hierarquia e disciplina da corporação.
segunda-feira, 14 de novembro de 2022
Salvador: Major da PM é punido com detenção por não cumprimentar superiores em restaurante
Bloco dos chateados
Os oficiais que sentiram ofendidos porque não receberam continência do major
quando ele estava de folga foram Paulo Coutinho, Nilton Cézar Espíndola e
Manoel Xavier de Souza Filho, respectivamente, comandante-geral,
subcomandante-geral e comandante de Operações da PM.
Acredite se puder!
Um dos trechos do processo da Corregedoria da PM eleva ainda mais o caráter de
surrealidade do episódio: "Ademais, o aludido oficial permaneceu por um
longo período da condição de proximidade, ocupando mesa adjacente das autoridades
indicadas e não apresentou qualquer gesto de gentileza com seus superiores
hierárquicos, mesmo tendo se retirado antes daqueles (os comandantes)".
Por considerar infração disciplinar, Cis Bahiense recebeu a pena de dez dia de
detenção, que começaram a ser cumpridos na última quinta-feira. Porém, o major
já havia sido exonerado do cargo de comandante da Companhia Independente de
Policiamento Especializado - Nordeste, somente sete dias após deixar de
cumprimentar os chefes.
Inversão de valores
Outro detalhe que chama a atenção foi a celeridade com a qual a Corregedoria
puniu o major, que está há mais de três décadas na PM. Enquanto processos
contra policiais acusados de homicídio, extorsão, envolvimento em organizações
criminosas e agressão costumam durar anos sem resultar em punição, Cis Bahiense
foi alvo de ação interna de rito sumário instaurado no dia 25 de maio, sem
chance de recursos e que resultou e condenação em menos de seis meses.
Fonte: Coluna Satélite/Jairo Costa Júnior/Correio da Bahia 14/11/2022 - 09h:40min.
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