Um homem identificado como Luis Henrique Santos Miranda, de 40 anos, foi morto na tarde deste domingo (13) dentro da Maternidade Climério de Oliveira, que fica na Rua do Limoeiro, no bairro Nazaré, em Salvador. A vítima estava na recepção do hospital, para visitar uma adolescente de 14 anos e sua filha recém-nascida, quando três homens armados chegaram, mandaram as pessoas saírem de perto e fizeram dezenas de disparos usando uma metralhadora.
Segundo testemunhas, foram mais de 50 tiros. Houve pânico e correria no
local. "A maternidade está cheia. Fomos correndo para o banheiro. Ouvi
mais de 50 tiros de metralhadora. Tentei acalmar as enfermeiras. Todo mundo muito
nervoso", disse um homem que estava no local com a esposa e seu bebê.
Funcionários e pacientes do Hospital Manoel Victorino, que fica próximo
à maternidade, também ficaram assustados com a quantidade de tiros. "Os
bandidos entraram em um Gol branco, deram três tiros para o alto e depois
fugiram descendo a rua", disse uma testemunha que não quis se identificar.
Uma fonte policial que esteve no local informou que três homens invadiram a
maternidade e um ficou no carro esperando a ação.
O crime aconteceu por volta das 15h30. Outras pessoas não ficaram
feridas.
A vítima foi até o local para visitar a filha recém-nascida,
que está internada desde o dia 3 de novembro. Desde então, Luís Henrique ia
diariamente à maternidade para fazer a visita, mas neste domingo foi
surpreendido pelo grupo que promoveu o ataque.
· As polícias Militar e Civil foram até à Maternidade, mas os bandidos já tinham ido embora. O Departamento de Polícia Técnica está no local para realizar perícia e fazer a remoção do corpo do homem. Segundo policiais que trabalhavam na ocorrência, havia muitos projéteis no chão onde o corpo foi retirado.
Informações preliminares apontam que a vítima tinha envolvimento com
tráfico de drogas. A polícia não encontrou arma com Luís Henrique. Também não
há confirmação de que o grupo tenha levado alguma arma dele. A autoria e a
motivação do crime serão investigadas pelo Departamento de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP).
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), responsável pela
maternidade, foi procurada mas não se pronunciou sobre o crime.
Fonte: Maysa Polcri *Com orientação de Perla Ribeiro /Correio da Bahia - 13/11/2022
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