domingo, 13 de novembro de 2022

BH: Emoção dá o tom da despedida de Milton Nascimento no Mineirão

Milton Nascimento em ensaio para a turnê "A Última Sessão de Música".

Milton Nascimento em ensaio para a turnê "A Última Sessão de Música".Marcos Hermes

Começou em altíssima rotação o derradeiro show de Milton Nascimento no Mineirão. A última sessão de música, que encerra na noite deste domingo (13/11) a trajetória do cantor e compositor mineiro nos palcos teve início bem antes de ele subir ao palco.

O público de 55 mil pessoas que domina o estádio cantou com Gal Costa vários de seus sucessos: "Dê um rolê", "Pérola negra" e "Paula e Bebeto" evocaram nas caixas de som em uma homenagem à cantora morte na última quarta-feira (9/11) aos 77 anos.

Uma fotografia dele abraçada a Milton foi exposta nos dois telões desde a tarde deste domingo. 





















Na entrada do estádio, o público recebeu um cartaz com os dizeres “Obrigado, Bituca”. O show deste domingo é o trigésimo sétimo de uma temporada iniciada em junho, no Rio de Janeiro.

"Me considero o mais mineiro dos cariocas”, afirmou Milton em vídeo que abriu o show, às 19h. Na apresentação, Bituca - “que é como gosto de ser chamado” - repassa sua trajetória.

Fala de amigos, dos parceiros e do Clube da Esquina. “Me tornei cidadão do mundo sem deixar de ser brasileiro”, disse ele, quando foi ovacionado pela plateia.

"Este show é dedicado à minha querida Gal Costa", disse, Milton, após interpretar "Ponta de Areia" e na primeira vez em que se dirigiu ao púbico.  

“Agora eu sou eu”, diz Milton, depois de retirarem o manto e, de boina e óculos escuros, ele falar do “amor da minha vida”. Referia-se a Elis Regina, que gravou (e eternizou) "Canção do sal" e "Morro velho", as músicas do início de carreira que marcam o começo do show.
Zé Ibarra, que fez o show de abertura, dividiu com Milton outra canção do grupo primeira fase de sua carreira, “Outubro”.




















Surpresas foram prometidas para o último show. A primeira apareceu na primeira meia hora da apresentação. Milton cantou "Amor de índio", de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, canção que não integra o repertório oficial da turnê.

Milton citou o reconhecimento do disco "Clube da esquina" e anunciou a presença no palco de Toninho Horta, Wagner Tiso, Beto Guedes e Lô Borges. Contendo com alguma dificuldade o choro, Bituca cantou com o quarteto "Para Lennon e McCartney".

A plateia acompanhou iluminando o estádio com luzes verdes e lanternas de celulares, num dos momentos mais emocionantes da noite. 




















Outra canção que foi incluída somente no repertório desta noite, "Um girassol da cor do seu cabelo" foi executada por Lô, Toninho, Wagner e Beto, provocando comoção no público, que cantou junto e aplaudiu com vontade.

Milton está muito emocionado. Ao final de cada canção, ele permanece quieto. Já sem os convidados no palco, cantou sozinho "Cais". A plateia também está emocionada e entoa "Bituca, eu te amo!". 

FONTE: O ESTADO DE MINAS - 13/11/2022

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