quinta-feira, 14 de março de 2024

RIO: Assassinato de Marielle e Anderson completa 6 anos sem conclusão da investigação


Marielle era defensora dos direitos humanos
Marielle era defensora dos direitos humanos
Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio

Os dois foram mortos a tiros no dia 14 de março de 2018, quando ela voltava de um evento na Região Central do Rio. O carro onde eles estavam foi atingido por 13 disparos.  

Nesta quinta-feira (14), estão previstos diversos atos para lembrar o legado de luta de Marielle e cobrar respostas.  

A partir das 8h, uma grande faixa vai ser estendida nas escadarias da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia. Às 10h, será realizada uma missa na Igreja Nossa Senhora do Parto, no Centro. Logo depois, a partir das 11h, haverá um segundo ato no Buraco do Lume, em frente à estátua em homenagem a ela. Em seguida, os manifestantes farão uma passeata até a Câmara Municipal do Rio.

Marielle era defensora dos direitos humanos e se apresentava como uma mulher negra, lésbica e cria do Complexo da Maré. A vereadora foi a quinta mais votada na capital fluminense na eleição de 2016.

Para a viúva dela, a vereadora Mônica Benício, a execução de uma parlamentar eleita com mais de 46 mil votos foi um atentado à democracia.

Ao longo dos seis anos, o inquérito sobre o caso na Delegacia de Homicídios da Capital passou por cinco delegados titulares, mas a Polícia Federal assumiu as investigações no ano passado.

Em 2021, duas procuradoras do Ministério Público que faziam parte da força-tarefa montada para esclarecer o crime abandonaram o caso, alegando interferências externas.

Quatro suspeitos estão presos por envolvimento no crime. O policial reformado Ronnie Lessa confessou que fez os disparos. O ex-PM Élcio Queiroz admitiu que dirigiu o carro. O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa é suspeito de monitorar a rotina de Marielle, participar de uma tentativa frustrada de execução e ajudar no sumiço de provas. Já o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, teria feito o desmanche do veículo.

Em delação premiada, Ronnie Lessa chegou a apontar o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão como um dos mandantes do crime, mas ele ainda não é tratado oficialmente pela Polícia Federal como suspeito.

Outras cinco pessoas que apareceram nas investigações foram assassinadas desde 2018.

A primeira morte foi a de Lucas do Prado Nascimento da Silva, o Todynho, suspeito de ajudar na clonagem do carro usado no crime. Ele foi vítima uma emboscada na Avenida Brasil, na altura de Bangu, na Zona Oeste.

O ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, acusado de chefiar o Escritório do Crime, também chegou a figurar entre os suspeitos do caso, mas foi morto pela Polícia da Bahia em uma operação em 2020.  

Apontado como braço direito de Adriano, o PM Luiz Carlos Felipe Martins estava de folga quando foi assassinado em 2021, em Realengo, na Zona Oeste.

O sargento reformado da PM Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé, morreu em 2021, em Bangu, na mesma região. Ele teria sido o responsável por intermediar a ordem para Ronnie Lessa matar Marielle Franco.

Já Hélio de Paulo Ferreira, conhecido como Senhor das Armas, foi executado no Anil, também na Zona Oeste, em fevereiro deste ano.

Fonte: Band.com 14/03/2024

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