segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Economia: ‘Não vamos mais usar o dólar em negócios com a China’, diz CEO da Chilli Beans


                                  Foto:reprodução


O fundador e CEO da marca brasileira Chilli Beans, Caito Maia, anunciou, neste domingo (10), que começou a pagar seus fornecedores chineses em renminbi, moeda oficial chinesa, ao invés de utilizar o dólar. A mudança, que ocorre em meio à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, não é pontual, segundo o executivo.

“De forma alguma é uma estratégia pontual. Queremos continuar mantendo esta prática. A ideia é que o uso do dólar não volte nunca mais”, afirmou Maia em entrevista à revista Exame.

A Chilli Beans, segundo o CEO, tem alcançado ganhos significativos com a adaptação ao renminbi. A empresa avalia que o recálculo de rotas iniciado pela guerra comercial foi uma oportunidade porque, com os ganhos financeiros dessa nova estratégia, ela consegue se posicionar de forma ainda mais competitiva no mercado global.

“A ideia é que o uso do dólar não volte nunca mais e que façamos todas as transições diretamente com a China: em termos de moeda, compra, comércio, tudo”, diz Maia.

Chilli Beans

Renminbi, moeda oficial chinesa

“Nossa parceria com a China não é de hoje. Há 30 anos nós somos “apadrinhados” pelo mercado chinês: fomos levados para lá, apresentados para as fábricas e temos os mesmos parceiros há 25 anos. É uma relação comercial extremamente ganha-ganha, saudável, ética e bacana com o país. A Chilli Beans está onde está porque a China nos ajudou e acreditou em nós”, completa.

Chilli Beans busca novos mercados na Ásia

Além da China, a Chilli Beans tem entrado em outros mercados da Ásia, como a Indonésia. “Já estamos na Indonésia, com 10 pontos espalhados pelo país e vamos colocar energia nessa expansão”, diz Maia.

A marca brasileira tem objetivo de alcançar 3.200 lojas nos próximos cinco anos, incluindo o projeto Eco Chilli, que visa levar contêineres sustentáveis para cidades com menos de 50 mil habitantes. A ambição é dobrar o número de lojas nos próximos cinco anos.


Fonte: ICL NOTÍCIAS - 11/08/2025

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