Fonte: Rodrigo tinha 42 anos/reprodução
O brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, foi executado na Indonésia na
madrugada desta quarta-feira (29) horário local, tarde de terça-feira
(28) no horário de Brasília, segundo a emissora local TV ONE e o diário
"Jakarta Post". A informação foi confirmada à rede britânica BBC pelo
advogado do paranaense. Ele havia sido condenado à morte por tráfico de
drogas, e a pena foi executada por um pelotão de fuzilamento.
De acordo com a emissora 9news, da Austrália, outros sete condenados
foram executados. A única mulher condenada, a filipina Mary Jane Veloso,
não teria sido executada porque a pessoa que a recrutou para
transportar drogas se entregou às autoridades.
O paranaense Gularte foi preso em julho de 2004 depois de tentar
ingressar na Indonésia com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de
surfe. Ele foi condenado à morte em 2005.
Ele é o segundo brasileiro executado no país este ano – em janeiro,
Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi fuzilado. Ele também
cumpria pena por tráfico de drogas.
Gularte foi diagnosticado com esquizofrenia por dois relatórios médicos
no ano passado. Em março, uma equipe médica reavaliou o brasileiro a
pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não
foi divulgado.
Familiares e conhecidos relataram que Gularte passava seus dias na
prisão conversando com paredes e ouvindo vozes. Dizem que ele se
recusava a tirar um boné, que usava virado para trás, alegando ser sua
proteção.
Angelita Muxfeldt, prima de Gularte, passou os últimos meses na
Indonésia tentando reverter a decisão. Ela esteve com ele pela última
vez na tarde de terça, no horário local, horas antes da execução.
Angelita contou, antes da execução, que não disse ao primo claramente o
iria ocorrer, e que ele não sabia o que iria acontecer, apesar de ter
sido informado no sábado (25) da morte iminente. Segundo a brasileira,
ele sofre de delírios e não entendeu que seria executado, acreditando
que ainda seria solto.
Além do brasileiro, sete outros suspeitos foram executados. Todos foram
condenados por tráfico de drogas e tiveram seus pedidos de clemência
rejeitados. Eles são os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan, os
nigerianos Martin Anderson, Okwudili Oyatanze, Sylvester Obiekwe Nwolise
e Jamiu Owolabi Abashin e o indonésio Zainal Abidin. A filipina Mary
Jane Veloso foi poupada.
A Austrália e as Filipinas também tentaram diversos recursos para adiar
as execuções, além de realizarem pressão diplomática, mas sem sucesso.
As informações são do G1.
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