foto: APP sindicato/reprodução
Um protesto de professores terminou em confronto com a Polícia Militar
nesta quarta-feira em Curitiba, no Paraná. Mais de 100 pessoas ficaram
feridas, segundo a Guarda Civil da cidade. O conflito teve início por
volta das 15 horas, em frente à Assembleia Legislativa, quando deputados
estaduais começaram a sessão para votar um projeto de lei que altera a
previdência estadual.
Ao menos 35 pessoas que precisavam de atendimento médico foram
encaminhadas a hospitais - a maioria, ao Hospital Cajuru. Os servidores
da prefeitura de Curitiba foram liberados em razão do tumulto.Os professores, que estão acampados desde a última segunda-feira no
local, teriam tentado romper perímetro de segurança que a PM traçou em
torno do prédio. Os policiais reagiram com bombas de gás, balas de
borracha e jatos de água. Os manifestantes recuaram, e os PMs passaram a
jogar bombas de efeito moral.
O sindicato transmitia o protesto na internet ao alto de um caminhão
de som quando o veículo foi rebocado pela polícia. A partir daí, as
informações dos representantes dos professores passaram a ser
transmitidas apenas pelo Facebook.
O prefeito de Curitiba, Gustavo
Fruet, informou pelo Twitter que a prefeitura foi evacuada para atender
os feridos, que também recebem os primeiros socorros também no Tribunal
de Justiça. Seis escolas que ficam na região suspenderam as aulas.
"Parece uma praça de guerra!", escreveu Fruet no Twitter.
A sessão foi interrompida por cerca de dez minutos e retomada mesmo com o barulho de bombas e gritos do lado de fora.
Sobre o projeto - O projeto de lei em votação na
Assembleia Legislativa foi encaminhado pelo Executivo para alterar a
previdência estadual. O governo paranaense quer tirar 33.000 aposentados
com mais de 73 anos do Fundo Financeiro, sustentado pelo Tesouro
estadual e que está deficitário, e transferi-los para o Fundo de
Previdência estadual, pago pelos servidores e pelo governo, que está
superavitário.
Fonte:Ag. Brasil
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