foto:reprodução/© Reuters/Adriano Machado .
BRASÍLIA (Reuters) - O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quinta-feira que não há como obrigar as pessoas a se vacinar, em linha com declaração dada pelo presidente Jair Bolsonaro esta semana, ao ser abordado por uma apoiadora que lhe pediu que o governo federal proíba a imunização contra Covid-19.
"Não há como o governo --a não ser que nós vivêssemos numa ditadura-- obrigar todos a se vacinar", disse Mourão em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco.
Mourão disse que ele e Bolsonaro consideram ser uma obrigação tomar a vacina, mas ressalvou que há pessoas que, por consciência, não querem tomar o imunizante contra a doença causada pelo novo coronavírus.
Na segunda-feira, Bolsonaro afirmou que "ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina", em resposta a uma apoiadora que lhe pediu para não permitir "esse negócio de vacina", afirmando ser perigoso, de acordo com vídeo publicado nas redes sociais.
Após a declaração do presidente, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência divulgou em suas redes sociais uma peça publicitária com a frase de Bolsonaro, alegando uma defesa das "liberdades dos brasileiros".
A aplicação de vacinas é obrigatória em crianças desde a criação do Programa Nacional de Imunizações, na década de 1990. No caso dos adultos, não são obrigatórias -- embora sejam poucas voltadas especificamente para esse público.
No entanto, há países que impedem a entrada de brasileiros que não forem imunizados contra a febre amarela, por exemplo, e o país assinou compromissos internacionais, como o da erradicação do sarampo, que obrigam a imunização.
O Brasil deve ter acesso no início do próximo ano às primeiras vacinas contra Covid-19. Na entrevista, Mourão disse que a vacinação vai começar pelos grupos de maior risco e será feita em massa.
fonte:Reuters - 03/09/2020
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