Na medida provisória que prorrogou o auxílio emergencial, o governo deu com uma mão e
tirou com outra ao conceder mais quatro parcelas de R$ 300 até dezembro. Reportagem do
jornal Folha de S. Paulo revela que, além da redução à metade do valor mensal do socorro financeiro, as novas regras, mais restritivas, farão com que até 6 milhões dos atuais
beneficiários não recebam integralmente a segunda rodada do benefício.
Na primeira fase, o auxílio não tinha “prazo de validade”. Por isso, muitos ainda recebem
parcelas em atraso, situação que os técnicos chamam de empoçamento.
Para eles, essa situação só muda se o governo regularizar imediatamente os pagamentos.
Isso é considerado improvável após cinco meses desde que os primeiros problemas de
sistemas e de incongruência de dados dos titulares foram detectados.
A Folha diz ter enviado questionamentos ao Ministério da Cidadania, responsável pelo
controle dos beneficiários.
Por meio de sua assessoria, a pasta informou ao jornal que houve redução de 921 mil
inscritos por causa de fraudes ou irregularidades no cadastro, uma recomendação da
CGU
(Controladoria-Geral da União) e do TCU (Tribunal de Contas da União).
A pasta, contudo, não informou os motivos da exclusão dos demais 4,8 milhões de
cadastrados nem explicou se esse contingente só receberá parte das quatro parcelas
residuais do auxílio.
fonte:Bahia.Ba - 16/09/2020 c/adaptações
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