O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria considerando conceder indultos preventivos (espécie de perdão) a 3 de seus filhos, a seu genro e a seu advogado pessoal, Rudolph W. Giuliani.
Reportagem publicada nessa 3ª feira (1º.dez.2020) no The New York Times diz que o republicano participou de uma reunião com seus assessores mais próximos para discutir o assunto.
Segundo o jornal, Trump se mostrou preocupado com a possibilidade de o Departamento de Justiça da gestão Joe Biden, presidente eleito, buscasse retaliação contra ele mirando 3 de seus 5 filhos (Donald Trump Junior, Eric Trump e Ivanka Trump), além de Jared Kushner, marido de Ivanka e assessor do alto escalão da Casa Branca.
Trump Junior foi investigado pelo promotor especial Robert Mueller pela suspeita de ter tido contato com agentes russos. Os russos teriam oferecido informações que prejudicaram a campanha da democrata Hilary Clinton, principal concorrente de Trump nas eleições de 2016. Nunca houve acusação formal contra o filho do presidente norte-americano.
Jared Kushner omitiu vários contatos com estrangeiros ao preencher um formulário para ter autorização de segurança na Casa Branca. Segundo a lei dos EUA, é crime fornecer informações imprecisas ou incompletas sobre os documentos de verificação de antecedentes para autorizações como a solicitada pelo assessor. Informações do Poder 360.
A exposição criminosa do advogado de Trump, Rudolph Giuliani, não está clara. Ele esteve recentemente sob investigação de promotores federais de Nova York por negócios na Ucrânia. Perdões presidenciais, no entanto, não protegem contra crimes estaduais ou locais.
Mesmo assim, Trump e Giuliani, segundo o jornal norte-americano, conversaram na última semana sobre o indulto. As discussões teriam ocorrido quando o ex-prefeito de Nova York se tornou uma das maiores vozes nas alegações de suposta fraude generalizada nas eleições de 2020. Trump ainda proclama vitória.
Muitos dos assessores de Trump se negaram a cumprir suas ordens para tentar anular a eleição. Giuliani, no entanto, se colocou no centro das atenções por colocar em dúvida os resultados.
Não há indícios de que a eleição de 3 de novembro nos EUA tenha sido fraudada. “Até agora, não enxergamos fraude em uma escala que pudesse ter alterado o resultado das eleições”, disse o secretário de Justiça dos Estados Unidos, William Barr, nessa 3ª feira (1º.dez).
Em seu perfil no Twitter, Rudolph Giuliani chamou a reportagem do The New York Times de “fake news”.
“#Fakenews. NYT mente de novo. Nunca tive a conversa que eles falsamente atribuem a uma fonte anônima”, diz o post.
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