sexta-feira, 2 de julho de 2021

Blogueiro Bolsonarista diz que foi perseguido pela ministra Damares após denunciar traição

Ministra Damares e Oswlado EustáquioReprodução/Redes sociais

Oswaldo Eustáquio afirma que prisão foi armação de Damares após denúncia de corrupção e caso extraconjugal mantido pela ministra. -  foto:reprodução/redes sociais


O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que foi investigado pelo STF no inquérito dos atos antidemocráticos, afirmou em entrevista exclusiva ao Metrópoles que se tornou alvo da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Regina Alves, após denunciar corrupção na pasta.

Eustáquio diz que Damares ameaçava constantemente demitir sua esposa de uma das principais secretarias do ministério. Segundo ele, as ameaças começaram após ele denunciar atos de corrupção dentro da pasta, além de um suposto caso com um homem casado mantido pela ministra.

Denúncias de corrupção

O blogueiro afirma que, em fevereiro de 2020, denunciou à ministra três servidores do seu gabinete por “fortes indícios de fraude” em contratos de informática, enquanto ainda trabalhavam no Ministério da Cidadania. Na semana seguinte, após a notícia ter saído em veículos de comunicação, a ministra teria demitido um deles. “Ela não me deu bola”, diz Eustáquio.

Ele também alega que Damares enviou um assessor à sua casa para ameaçá-lo e impedir que ele denunciasse Luiz Henrique Mandetta quando este era ministro da Saúde.

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Segundo o bolsonarista, Damares mantinha um relacionamento extraconjugal com o pastor Humberto Lúcio Lima por cinco anos, cuja filha trabalhava na Secretaria de Igualdade Racial. “A menina mais nova desejava a morte do pai”, contou Eustáquio sobre a filha de Humberto.

Oswaldo Eustáquio diz que enviou uma carta a pastores pedindo que eles ajudassem Damares a “resolver o problema”, se referindo ao caso de traição. Ele afirma que, na carta, pediu que os pastores não divulgassem o caso e que a questão fosse tratada de maneira “eclesiástica”.

Procurada por Veja, Damares não quis comentar a carta, tampouco se já tomou ou pretende tomar medidas judiciais contra o jornalista.

e “cilada” para prisão

O blogueiro diz que acredita ter sido alvo de uma “armação” da ministra para que uma ordem de prisão contra ele fosse dada. O episódio teria acontecido no fim do ano passado, quando Eustáquio pediu uma reunião com Damares para denunciar supostas violações dos direitos humanos. O encontro aconteceu no ministério, descumprindo a ordem de prisão domicilar que Eustáquio cumpria.

Segundo ele, horas antes da reunião, foi enviado um documento que autorizava sua saída da residência. No entanto, o chefe de gabinete de Damares encaminhou um ofício ao ministro do STF Alexandre de Moraes alertando sobre um “provável descumprimento de decisão judicial”. Três dias depois, Moraes decretou uma nova ordem de prisão.

“Foi uma armação. E foi, possivelmente, porque Damares já sabia que eu tinha informação sobre o relacionamento extraconjugal dela e porque ela sabia que eu iria confrontá-la sobre isso”, afirmou Eustáquio.

Outro lado

Após a publicação da reportagem, Oswaldo Eustáquio enviou ao Metrópoles o ofício que o autorizava a sair da residência para ir até a reunião com a ministra Damares. Veja o documento abaixo:

Arquivo pessoal
Ofício que autoriza saída da residência de Eustáquio

O blogueiro também reiterou que a investigação já teve fim e que foi inocentado.

Fonte:Metrópoles - 02/07/2021 21h

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