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O ex-ministro de Relações Exteriores e embaixador Celso Amorim classificou como “esquizofrênica” a política desempenhada por membros do governo de Jair Bolsonaro (PL) em relação à Rússia, na eminência do conflito com a Ucrânia.
Para o embaixador, que foi chefe do Itamaraty nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Fernando Henrique Cardoso, os ministros do governo federal passaram sinais antagônicos ao mundo em um momento no qual era previsível o acirramento da crise entre os dois países.
“Eu acho que houve uma grande confusão. Eu diria até uma esquizofrenia, porque um dizia uma coisa e outro dizia o oposto”, destacou em entrevista exclusiva ao Metrópoles.
“Em um intervalo de dias, o Braga Netto (ministro da Defesa, Walter Braga Netto) dizia que a ida a Russia não atrapalhava o objetivo dele [Brasil] de entrar para a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e o Bolsonaro declarava solidariedade à Rússia. Isso na véspera de uma possível guerra”, exemplificou.
Bolsonaro x Mourão
Amorim ainda acrescentou a contradição entre a posição externada pelo vice-presidente Hamilton Mourão, posteriormente repreendida por Bolsonaro e as notas emitidas pelo Itamaraty.
Fonte:Metropoles - 26/02/2022 11h:40
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