BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - De folga até a quarta-feira (2) em Guarujá, no litoral de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) reclamou nesta segunda (28) dos questionamentos a respeito do gasto com dinheiro público em viagens suas e de auxiliares do governo.
"Eu estou aqui num quarto no quartel do Exército no Guarujá. Não tem despesa nenhuma aqui. Quanto custa a diária desse quarto aqui? RS 100 reais, talvez. Eu estou chutando", disse Bolsonaro em entrevista ao programa Pingo nos Is, da Jovem Pan.
"Se achar que eu não devo sair mais de folga, se eu virar candidato à reeleição, que não vote em mim, aí eu não vou estar mais aqui no hotel."
Na entrevista, Bolsonaro foi questionado sobre os gastos de sua viagem de férias a Santa Catarina no fim do ano, que segundo o jornal O Globo custou quase R$ 900 mil aos cofres públicos.
À época, Bolsonaro se exibiu de jet ski e manteve a folga enquanto a Bahia enfrentava uma crise gerada por fortes chuvas, que deixaram mais de 20 mortos.
O presidente afirmou que desconhecia a informação de que a viagem custou R$ 900 mil, mas afirmou que, se o valor for verdadeiro, é absurdo e vai "pegar no cangote de alguém".
Em Guarujá, Bolsonaro repete um roteiro já conhecido neste feriado de Carnaval, com passeios de jet ski e motocicleta, além de jantares e saídas acompanhado de comitiva.
Ele está hospedado desde sábado (26) no hotel de trânsito do Forte dos Andradas, onde deve ficar até quarta. Não há agenda oficial para o período.
Na manhã desta segunda, presidente deixou o forte de moto por volta das 10h e retornou às 13h30. No trajeto, usou a travessia de balsas entre Guarujá e Santos, onde atendeu a apoiadores.
Bolsonaro também foi a Praia Grande, município vizinho. Parou para fazer selfies, comeu pastel, visitou uma loja de acessórios para motos e atendeu mais apoiadores em frente a um supermercado no bairro Canto do Forte.
Na entrevista, feita no início da noite, o presidente anunciou que o Brasil irá conceder visto humanitário a cidadãos ucranianos, mas reafirmou neutralidade em relação ao conflito com a Rússia e disse não ter nada a conversar com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky.
Fonte: FOLHA S. PAULO - 01/03/2022
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