segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Rússia x Ucrânia: Bolsonaro diz que “não tem o que conversar” com Ucrânia

Bolsonaro, presidente do Brasil entre os anos 20018 e 2022. Ele usa terno e gravata e camiseta clara- MetrópolesIgo Estrela/Metrópoles

Pressionado a dialogar com o presidente da UcrâniaVolodymyr ZelenkyJair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (28/2), que não tem o que conversar com o ucraniano. Dias antes do início do conflito no Leste Europeu, o presidente brasileiro realizou uma visita ao líder russo, Vladimir Putin, e disse ser solidário à Rússia.

“Alguns querem que eu converse com Zelensky, o presidente da Ucrânia, eu, no momento, não tenho o que conversar com ele. Eu lamento, se depender de mim não teremos guerra no mundo”, disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Jovem Pan.

No domingo (27/2), o presidente brasileiro rechaçou qualquer sanção à Rússia e defendeu a posição de neutralidade. Bolsonaro também disse que Putin não estava fazendo um massacre na Ucrânia e defendeu o direito do líder russo em ocupar as regiões separatista de Donbass, no leste ucraniano.

As declaração gerou reação do encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, que afirmou que Bolsonaro estava “mal informado” e sugeriu que ele conversasse com o presidente ucraniano.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.

Diante disso, tropas russas, orientadas pelo presidente Vladimir Putin, iniciaram, na última quinta-feira (24/2), uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. Em pronunciamento, ele fez ameaças e disse que quem tentar interferir no conflito sofrerá consequências nunca vistas na história.

Hoje o conflito chega ao quinto dia. Ao menos 198 pessoas morreram nos confrontos, segundo o governo ucraniano. Outras 1.115 ficaram feridas. O governo ucraniano afirma que 100 mil soldados russos estão no país.

Russos sitiaram Kiev e tentam tomar o poder. Hospitais, orfanatos, prédios residenciais, além de escolas e creches, já foram alvos de bombardeios na Ucrânia. República Tcheca, Polônia, França, Estados Unidos, Holanda, Alemanha, Portugal e Bélgica anunciaram o envio de ajuda estrutural de armas e dinheiro para a Ucrânia, que resiste.

Fonte: Metropoles - 28/02/2022 20h:46

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