sexta-feira, 29 de julho de 2022

Bolsonaro diz que carta à democracia é reação de banqueiros a Pix

Arthur Lira, Ciro Nogueira e Bolsonaro na convenção do PP, em Brasília, nesta quarta-feira, 27. Foto: Wilton Junior/Estadão
© Fornecido por EstadãoArthur Lira, Ciro Nogueira e Bolsonaro na convenção do PP, em Brasília, nesta quarta-feira, 27. Foto: Wilton Junior/Estadão

Na terça-feira, Nogueira também afirmou que o manifesto seria resultado de medidas do Banco Central, como a instituição de transferências bancárias via Pix que, para o senador licenciado, reduzem as taxas cobradas pelos bancos e culminam em uma redução anual de receitas que chega nos R$ 40 bilhões. “Então, presidente, se o senhor faz alguém perder 40 bilhões por ano para beneficiar os brasileiros, não surpreende que o prejudicado assine manifesto contra o senhor”, escreveu no Twitter.

Como mostrou o Estadão nesta quarta-feira, 27, a queda no faturamento dos bancos após o lançamento do Pix foi inferior a 2% do lucro. Os quatro maiores do País - Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander - tiveram em 2021 seu maior lucro dos últimos 15 anos, de R$ 81 bilhões.

Organizada na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), a Carta em Defesa da Democracia é assinada por banqueiros, juristas, empresários e políticos da esquerda à direita, e visa reagir aos ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro. O manifesto foi lançado na terça-feira, 26, e tem até o momento mais de 300 mil assinaturas.

Entre os signatários do documento estão Roberto Setubal Candido Bracher (Itaú Unibanco), representantes da indústria como Walter Schalka (Suzano) e de empresas de bens de consumo como Pedro Passos e Guilherme Leal (Natura).

Fonte: ESTADÃO - 29/07/2022  

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