Representando a Bahia, 19 estudantes do estado foram premiados com
medalha de ouro pelo desempenho na 15ª Olimpíada Brasileira de Matemática das
Escolas Públicas (Obmep), nesta segunda-feira (07), durante cerimônia realizada
no Fiesta Convention Center, em Salvador.
Além das medalhas de ouro, os baianos também garantiram 46 medalhas de
prata, 136 de bronze, mais de 1.500 menções honrosas e 1.700 premiações, dentre
os 7,5 mil jovens que subiram ao pódio e os 18 milhões que participaram da
competição, em todo o país.
Entre os vencedores da Bahia, está o estudante do 1º ano do ensino
médio do Colégio Militar do Exército, Pedro Cauê Silva, 16 anos. Tendo
competido em duas Obmeps, ele já tem uma medalha de prata e agora conquistou a
de ouro, um reflexo da sua paixão pelas exatas.
“É algo que eu comecei a exercitar com 10 anos e não parei mais. Ganhar
hoje é muito legal. O importante é não deixar subir para a cabeça, manter a
simplicidade e continuar estudando”, afirma o estudante, que também possui
medalhas de competições de matemática internacionais e participa do programa de
iniciação científica da Obmep.
Apesar de ocorrer dois anos após o planejado por causa da pandemia
de covid-19, a cerimônia nacional, que representa a premiação dos estudantes
que competiram e venceram em 2019, ainda era bastante aguardada pela medalhista
de ouro soteropolitana Maria Lúcia Gesteira, 17 anos, que pretende seguir com
as exatas na universidade, ano que vem.
“Eu gosto bastante de matemática e acho que a competição é uma ótima
iniciativa, por incentivar os estudantes, além de a educação ser algo super
importante”, declara a aluna do 3° ano do ensino médio.
Ao todo, foram entregues 579 medalhas de ouro a estudantes do país
inteiro, dos quais 443 compareceram à cerimônia. Além do pódio, eles
também foram convidados para participar do Programa de Iniciação Científica Jr.
(PIC), que oferece aulas avançadas de matemática e uma bolsa de R$ 100 do
CNPq.
A partir do ano que vem, os premiados também terão a possibilidade de
ganhar uma bolsa de estudos Tech Behring. São 25 bolsas de R$ 900 da Fundação
Behring para ex-medalhistas admitidos em universidades na área de tecnologia.
Este ano, também foram entregues 1.746 medalhas de prata e 5.183 de ouro.
Para o diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa),
Marcelo Viana, responsável pela organização da premiação, o retorno do evento
presencial e as novas possibilidades de investimento educacional para os
estudantes são motivo de celebração.
“Significa uma oportunidade de crescimento profissional e pessoal. Nós
temos diversos exemplos disso, como a nossa homenageada de hoje, a deputada
Tábata Amaral, cuja carreira começou em 2005 quando ela foi medalhista da
Olimpíada de Matemática", conta o gestor.
Outros homenageados por contribuírem com a história da Obmep foram
Elizabeth Jaskow Mac Nicol, superintendente da B3 Social; Mario Girasole,
presidente do Instituto TIM; Angela Cristina Dannemann, ex-superintendente do
Itaú Social; e os professores Ana Catarina Pontone Hellmeister, Francisco
Dutenhefner, José Carlos Rodrigues (in memoriam), Michel Spira, Luiz Malagutti
e Sonia Regina Di Giacomo.
A cerimônia deste ano teve um componente especial para celebrar
personalidades que ajudaram a construir a história da competição. Desde 2017, o
Impa também premia as estudantes meninas com melhor desempenho em cada nível da
Obmep, com o troféu Meninas Olímpicas, para incentivar as mulheres na
matemática. As vencedoras desta edição foram: Jessica Guedes (nível 1), Bianca
Araújo (nível 2) e Daniela Fernanda Giraldo (nível 3).
Fonte:Correio da Bahia - 08/11/2022
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