Documentos enviados pelo Podemos para o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná na ação que pede a cassação do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) indicam que o ex-juiz federal contou com segurança feita por policial militar em situação irregular mirando a disputa em 2022.
A informação foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo e se refere ao breve período em que Moro almejou disputar a presidência da República pelo Podemos. Posteriormente, ele trocou de partido para o União Brasil, pelo qual se elegeu senador pelo Paraná.
Nessa primeira fase, Moro usou serviços de segurança em São Paulo prestados por um PM que é réu em pelo homicídio de dois jovens em 2016. Pelo regulamento da corporação, a atuação como segurança particular de quem está na ativa é transgressão disciplinar grave.
Essa informação só foi descoberta porque o TRE-PR pediu ao Podemos para apresentar comprovantes de pagamentos relacionados à pré-campanha de Moro à presidência da República.
À Folha, o PM da ativa preferiu não se manifestar. Já Moro afirmou que a contratação foi feita pelo Podemos e não pelo senador. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o caso será apurado.
Moro é alvo no TRE-PR de uma ação de investigação judicial eleitoral proposta pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação em sua campanha para o Senado.
As legendas argumentam que Moro promoveu desequilíbrio eleitoral ao concorrer ao Senado pelo União Brasil depois de ter se lançado como pré-candidato à Presidência da República com uma estrutura robusta de marketing e fundo partidário do Podemos.
Aije 0604298-64.2022.6.16.0000
Fonte: CONJUR - 02/11/2023
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