Segundo a auditoria da CGU, entre setembro de 2020 e setembro de 2021, o Ministério adquiriu 10 milhões de preservativos femininos de látex ou borracha, apesar de já possuir em estoque pouco mais de 8,5 milhões desses itens adquiridos em 2019. A distribuição efetiva dos novos preservativos só começou em fevereiro de 2022, com apenas 3,8 milhões deles distribuídos ao longo daquele ano.
A CGU aponta falhas no planejamento do Ministério da Saúde, conduzido por Eduardo Pazzuelo, ex-general do Exército e atual deputado federal, especialmente diante da situação crítica da pandemia.
A empresa envolvida na venda dos preservativos, a Precisa Medicamentos, já estava sob escrutínio da CPI da Covid por sua atuação na assinatura de contratos para fornecimento da vacina Covaxin. O relatório da CPI indiciou a empresa por ato lesivo à administração pública e seu sócio por diversos crimes relacionados ao contrato.
A CGU também apontou problemas nos preços dos preservativos, destacando que o cálculo do valor de referência não diferenciou os tipos de preservativos, o que pode ter causado distorções prejudiciais à competitividade.
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