O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou, nesta quarta-feira (25/12), que “a polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes”. A declaração foi dada após a jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na véspera do Natal (24/12).
Ele reforçou, em nota, que as polícias federais precisam “dar o exemplo às demais polícias”.
Segundo Lewandowski, o caso de Juliana “demonstra a importância de uma normativa federal que padronize o uso da força pelas polícias em todo o país”.
O incidente ocorreu na BR-040, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A jovem estava em um carro com a família a caminho da ceia de Natal em Niterói quando o veículo foi alvejado por agentes da PRF.
O pai da vítima, que dirigia o carro, disse que ao ouvir a sirene, ligou a seta para sinalizar que ia encostar. No entanto, ainda segundo ele, os agentes saíram do veículo atirando.
A PRF afastou preventivamente os agentes envolvidos na ação e abriu um procedimento interno para apurar os fatos. O Metrópoles mostrou, na coluna de Paulo Cappelli, que os policiais envolvidos tiveram dois fuzis e uma pistola apreendidos. As armas serão submetidas à perícia.
A Polícia Federal (PF) também começou a investigar o caso. De acordo com a PF, equipes foram deslocadas para a área dos disparos para realizar a perícia e coletar o depoimento dos policiais e das vítimas.
Fonte: METRÓPOLES C/ADAPTAÇÕES 25/12/2024
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