terça-feira, 21 de janeiro de 2025

EUA: Trump elimina cidadania por nascimento em nova medida contra imigração

 


foto:reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (20) um decreto que encerra a cidadania por direito de nascimento para filhos de imigrantes em situação irregular no país. A medida, que reinterpreta a 14ª Emenda da Constituição norte-americana, impede que crianças nascidas em território americano sejam reconhecidas como cidadãs caso seus pais não estejam em situação legal ou permanente nos Estados Unidos.

A 14ª Emenda, que desde 1868 garante a cidadania a todas as pessoas nascidas em solo americano, é vista como um pilar constitucional. Qualquer tentativa de alterá-la deve enfrentar batalhas judiciais intensas, dado o histórico de proteção desse direito nos tribunais.


Pelo decreto, não terão cidadania automática:

  • Filhos de mães que estejam em situação irregular no país.
  • Filhos de pais que não sejam cidadãos americanos ou residentes permanentes legais no momento do nascimento.
  • Crianças cujas mães estejam nos EUA de forma temporária.

A nova regra também determina que as agências governamentais parem de emitir documentação de cidadania para esses casos em até 30 dias após a assinatura da ordem.

Durante seu discurso de posse, Trump anunciou um conjunto de ações voltadas para reforçar o controle fronteiriço e restringir a imigração. Entre elas, declarou emergência nacional na fronteira com o México e revelou planos para intensificar a presença militar na região.

Outras medidas incluem:

  • Fim da política de “captura e soltura”, que permitia a liberação de migrantes enquanto aguardavam audiências de asilo.
  • Reativação da política “Permanecer no México”, exigindo que solicitantes de asilo aguardem no país vizinho.
  • Consideração de cartéis de drogas como “organizações terroristas”.
  • Construção de mais trechos do muro na fronteira.

A decisão de Trump encerra políticas de imigração da gestão Biden e marca o retorno a medidas mais rígidas implementadas em seu primeiro mandato. No entanto, especialistas afirmam que o decreto deve enfrentar forte resistência no Congresso e nos tribunais, além de provocar intensos debates sobre os direitos constitucionais e o tratamento a imigrantes nos Estados Unidos.

Fonte: Pardal Tech -
20/01/20225

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