domingo, 19 de janeiro de 2025

EUA: Jornal elogia Fernanda Torres e chama governo Bolsonaro de ‘repressivo’

                                               Foto:reprodução

O filme “Ainda Estou Aqui” e Fernanda Torres seguem sendo aclamados pela crítica especializada nos Estados Unidos. O jornal “Los Angeles Times”, um dos maiores do país, publicou uma crítica no último sábado, 18, em que classifica a atuação da vencedora do Globo de Ouro 2025 como “magistral”.

“Torres exala a coragem discreta de uma mulher incapaz e sem vontade de se render ao desespero com o passar dos dias e das semanas. Como pode ela, quando precisa criar os filhos e buscar justiça para o marido, que pode ainda estar vivo? Transmitindo uma contenção magistral, Torres faz com que as poucas explosões de Eunice pareçam contidas. Tão distante quanto possível do melodrama, sua atuação é de luto internalizado”, dizia o texto sobre a estrela.

Já sua mãe, Fernanda Montenegro, foi chamada de ‘lenda’. “A vitória de Eunice, testemunhada por Marcelo Paiva e ressuscitada por Torres (e, brevemente, pela lenda brasileira Fernanda Montenegro, mãe de Torres indicada ao Oscar), não se trata apenas de sobrevivência, mas de promover uma família unida na adversidade.”

Além disso, a publicação ainda citou o governo brasileiro de Jair Bolsonaro (de 2019 a 2023) como uma “presidência repressiva”.

“Atuações desse calibre sutil raramente são celebradas, mas a atitude despretensiosa de Torres provou ser inegável para quem a assiste. O fato de um filme como ‘Ainda Estou Aqui’ emergir do outro lado da presidência repressiva de Jair Bolsonaro e ser abraçado tanto no país quanto no exterior (é o filme de maior bilheteria do Brasil desde a pandemia) é uma prova da mão segura de direção de Salles que trata o assunto delicado com a seriedade que merece, ao mesmo tempo que destaca a humanidade em vez da brutalidade. Há uma elegância impressionante em suas imagens na forma como nos aproximam das pessoas, não dos horrores”, completou o texto.

Por fim, o jornal afirmou que é “Ainda Estou Aqui” é um “retrato sofisticado da resistência”. “Candidato ao Oscar de longa-metragem internacional, ‘Ainda Estou Aqui’ destila brilhantemente um capítulo agonizante do passado recente de uma nação em um retrato sofisticado da resistência comunitária.”


Fonte:ISTOÉ - 19/01/2025

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