terça-feira, 16 de setembro de 2025

Policiais civis detonam governo Tarcísio após assassinato de ex-delegado-geral

                                     foto:reprodução


O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) fez duras críticas ao governo de São Paulo, comandado por Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), em nota oficial sobre o assassinato Ruy Ferraz Pontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo. 

No início da noite desta segunda-feira (15), Pontes, que era secretário de Administração de Praia Grande, na Baixada Santista (SP), foi executado a tiros enquanto dirigia. A suspeita inicial recai sobre integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Trajetória de Ruy Ferraz Pontes

Ruy Ferraz Fontes teve uma trajetória respeitável na polícia. Foi delegado por mais de 40 anos e comandou a Delegacia Geral de Polícia do Estado de São Paulo, além de dirigir o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap).

Formado em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, onde também fez pós-graduação em Direito Civil, Ruy atuou em inúmeras delegacias especializadas.

Durante a carreira, participou de cursos no Brasil, na França e no Canadá, e além de ter sido professor de Criminologia e Direito Processual Penal. Em 2023, assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande.

Em reação ao crime bárbaro, o Sindpesp lamentou a morte de Ruy Pontes e prestou homenagens ao ex-delegado-geral. O comunicado, contudo, joga a responsabilidade pelo ocorrido ao governo Tarcísio

"A ação que resultou na execução de Ruy Ferraz Fontes, o qual, há poucos anos, ocupou o cargo de comando máximo da Polícia Civil bandeirante, escancara a forma como o Governo do Estado de São Paulo cuida de seus policiais mais dedicados, ao mesmo tempo em que torna gritante a necessidade de a Polícia Civil ser melhor tratada, com efetiva valorização de seus profissionais, mais contratações e aumento nos investimentos em estrutura física e de materiais", diz trecho da nota. 

"É, afinal, a Polícia Civil a responsável pela investigação das organizações criminosas. Por consequência, se o Governo do Estado permite que a instituição se enfraqueça, como São Paulo tem feito nas últimas décadas, o crime organizado, inevitavelmente, ganhará espaço", prossegue o sindicato. 

"Para o Sindpesp, o homicídio do ex-delegado-geral, da forma como ocorreu, revela-se uma grande afronta às Forças de Segurança, à máquina pública e ao Estado de São Paulo, não podendo ficar de maneira alguma impune, sob pena de que todo o sistema de Segurança Pública caia em descrédito", emenda a entidade. 

Entenda 

Um crime de grande repercussão chocou a população de Praia Grande, no início da noite desta segunda-feira (15). Vítima de um atentado, Ruy Ferraz Pontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e, atualmente, secretário de Administração da cidade do litoral paulista, foi executado a tiros enquanto dirigia. A suspeita inicial recai sobre integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A Polícia Militar (PM) informou que homens que estavam em outro veículo, uma caminhonete Toyota Hilux preta, atiraram contra o automóvel da vítima.

O caso ocorreu na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, por volta das 18h21, no bairro Nova Mirim, perto do Fórum. Ainda segundo a PM, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e constatou a morte.

Informações iniciais apontam que Ruy perdeu o controle do veículo depois de ser baleado, o carro capotou e colidiu contra um ônibus.


Fonte: REVISTA FÓRUM - 16/09/2025


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