foto:reprodução/twitter
A Polícia Civil de Unaí (MG) abriu um inquérito nesta segunda-feira para investigar o caso do homem que foi a um bar no centro da cidade vestindo uma braçadeira com o símbolo do nazismo no último sábado, dia 14. O homem foi identificado como José Eugênio Adjuto, de 57 anos. Conhecido como Zecão Adjuto, ele é pecuarista dono de uma empresa que cria bois para corte, em Unaí.
Testemunhas foram ouvidas nesta segunda na 1ª Delegacia de Polícia da cidade. O artigo 20 da Lei nº 7.716, de 1989, diz “que fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”. A pena é de dois a cinco anos de prisão e multa.
No dia do ocorrido, clientes do bar chegaram a acionar a Polícia Militar para que tomasse alguma providência. Agentes do 28º Batalhão foram ao local, mas entenderam que o “caso em tela não se almodava com precisão ao crime previsto no artigo 20”, conforme nota divulgada pela corporação nesta segunda-feira.
A PM também informou que abriu procedimento administrativo para apurar a conduta dos policiais. E destacou que “repudia veementemente qualquer forma de discriminação e apologia ao crime por motivo de preconceito ou apologia a símbolos que denotem desrespeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, bem como reafirma seu compromisso com a proteção integral dos Direitos Humanos”.
O seu primo, Francisco Adjuto, publicou um texto no Facebook, dizendo que “abomina” a atitude do parente e que ele sofre de “problemas psíquicos”. “Abomino o que o meu parente fez, e, apesar de saber que ele enfrenta sérios problemas psíquicos de saúde, fato que é do conhecimento de várias pessoas que também o conhecem aqui na cidade, sei que ele agiu de maneira consciente, e, por isso mesmo, não passo a mão leve na sua atitude”, escreveu Francisco, pedindo desculpas à “sociedade unaiense” pelo ocorrido. O sobrenome Adjuto é conhecido na cidade mineira de 75.000 habitantes, que fica a 600 quilômetros de Belo Horizonte e a 165 quilômetros de Brasília.
Procurado, José Eugênio não atendeu aos telefonemas.
fonte:Veja.com/ 16/12/19
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