sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Mamífero em extinção pode ser possível hospedeiro do coronavírus, dizem cientistas

Mamífero em extinção pode ser possível hospedeiro do coronavírus, dizem cientistas
Pangolim pode ser o hospedeiro intermediário do vírus | Foto: Creative Commons
Pequeno mamífero conhecido por suas escamas, o pangolim pode ter tido um papel intermediário na transmissão do coronavírus, de acordo com as agências de notícias Reuters e France Presse. O animal está ameaçado de extinção. 

De acordo com a publicação, a afirmação é de pesquisadores da Universidade de Agricultura do Sul da China. Eles identificaram o pequeno mamífero como um possível "hospedeiro intermediário" que facilitou a transmissão do vírus que já matou mais de 600 pessoas na China.

"Esta última descoberta será de grande importância para a prevenção e o controle da origem [do vírus]", informou a Universidade Agrícola do Sul da China, que liderou a pesquisa, em comunicado em seu site, segundo o G1. 

No entanto, o professor de veterinária da Universidade da Cidade de Hong Kong, Dirk Pfeiffer, alertou que o estudo ainda não comprova que os pangolins transmitiram o vírus. 

"Você só pode tirar conclusões mais definitivas se comparar a prevalência [do coronavírus] entre espécies diferentes com base em amostras representativas, o que essas quase certamente não são", afirmou Dirk Pfeiffer em entrevista à Reuters. 

Porém, Pfeiffer afirma que ainda é preciso estabelecer um vínculo com os seres humanos através dos mercados de alimentos de Wuhan, considerado o ponto inicial da transmissão do vírus.

PANGOLIM

Apesar de ser protegido pelas leis internacionais, o pangolim é um dos mamíferos mais traficados da Ásia. Sua carne é muito vendida em países como China e Vietnã, e suas escamas são utilizadas na medicina tradicional, segundo a organização não-governamental World Wildlife Fund (WWF).


Em 2016, a Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies Selvagens Ameaçadas de Extinção colocou o pangolim em uma lista que proíbe sua comercialização. No entanto, mesmo em extinção, o tráfico ilegal dessa espécie continua aumentando. 

fonte:G1 - 07/02/2020

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