foto:Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia
Mesmo com determinação das autoridades para a população seguir em isolamento social, por conta do novo coronavírus, a capital baiana teve um domingo de grande movimento no calçadão da orla de Jardim Armação. Com sol e dia estável, muitas pessoas saíram de casa para se exercitar. De acordo com a última atualização da Secretaria de Saúde de Salvador (SMS), o município tem 56.812 casos confirmados da doença.
O Administrador de Empresas Alison Silva, 33 anos, fala que nunca deixou de correr na orla. “Todos os dias faço meus exercícios. Acredito que o sedentarismo também pode provocar muitos tipos de doença. Tenho meus cuidados diários. Sempre uso máscara e mantenho o distanciamento das pessoas”, disse Alison Silva.
A professora Ana Paula, 27, analisa que “uma quantidade absurda de pessoas” ainda se exercita e se aglomera na orla como se não houvesse quarentena. Ainda de acordo com ela, existem moradores no bairro que acreditam que o coronavírus é uma farsa.
“Noto uma diminuição no número de pessoas nas ruas, até porque boa parte do comércio ainda está fechada. Não existe um fluxo comum, como no dia a dia antes da pandemia, mas ainda vejo os calçadões das orlas da cidade com muito movimento, por exemplo. Tem gente que sai duas, três vezes na semana para malhar”, relatou.
Como nem todas as pessoas que se exercitam na orla cumprem as normas de proteção contra o coronavírus, os especialistas também avaliam que a decisão da prefeitura de fechar as praias tem o potencial de reduzir o contágio pela doença. “Ao caminharem, as pessoas nem sempre mantêm uma distância mínima de 2 metros uma das outras, além de, às vezes, não usarem máscara. Essa falta de proteção facilita a transmissão, por isso, é melhor impedir a circulação de pessoas”, disse a médica, Danielle Franca.
No dia 21 de março, começou a valer o decreto que proíbe que as praias sejam frequentadas para banho de mar ou qualquer atividade na areia. A atividade dos ambulantes também foi suspensa. As medidas foram tomadas pela prefeitura para evitar aglomerações e, consequentemente, frear o avanço da Covid-19 na capital. Nas praias mais frequentadas, entre a Barra e Ondina, por exemplo, foram colocados tapumes que impedem o acesso à areia e ao mar.
Nesses meses, a prática de atividades físicas chegou a ser suspensa em alguns trechos do calçadão da orla por causa de aglomerações, inclusive com pessoas sem máscara. O primeiro bloqueio foi feito em maio, na Pituba, bairro que chegou a concentrar o maior número de casos do coronavírus em Salvador.
Fonte:Tribuna da Bahia c/adaptações
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